quarta-feira, 31 de março de 2010

Cortadores de cana se dedicam aos estudos no Pontal do Paranapanema - GR

Essa é uma reportagem que passou no Globo Rural, mostrando que os agricultores estão buscando aprender novas funções para escapar do desemprego, o que pode acontecer com a crescente mecanização das lavouras de cana-de-açúcar da região.

http://www.youtube.com/watch?v=8WVPj2m3sOM

Postado por: Rafael Amorim

Apesar da mecanização, usinas de cana contratam.

"Ao mesmo tempo que emprega mais máquinas, a indústria canavieira também está empregando mais gente. Mesmo com o aumento da mecanização, que já chegou a 50% das lavouras, o número de trabalhadores rurais vinculados ao setor sucroalcooleiro cresceu 39% no período de 2003 a 2008, segundo pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP).

A expectativa era de que a mecanização produzisse demissões em massa, já que cada colheitadeira substitui o trabalho de 80 cortadores. Mas isso ainda não ocorreu, segundo a economista Márcia Azanha de Moraes, da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq), responsável pelo estudo.

As razões para tal contradição, segundo ela, ainda carecem de um estudo mais aprofundado. Mas a suspeita mais óbvia é que o crescimento do setor nesse período foi tão grande que acabou compensando a perda de mão de obra na lavoura.

A cana é a planta que mais gera empregos na agricultura brasileira: cerca de 1,2 milhão, pelos dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), compilados por Márcia. Em 2008, segundo ela, havia 629 mil pessoas trabalhando com a lavoura de cana - mais do que com café (479 mil) e quase o mesmo que soja, milho, arroz, citros e mandioca, juntos (633 mil).

Outras 567 mil pessoas trabalham no ramo industrial da cana, ligados ao refino de açúcar e álcool. Se forem considerados apenas os empregos formais ligados à produção de bioetanol, esse número é de 465 mil trabalhadores - seis vezes mais do que emprega a indústria do petróleo (73 mil), segundo a pesquisadora. "


Fonte: O Estado de S. Paulo
Segunda-feira, Março 29, 2010

Postado por Rafael Amorim

sexta-feira, 26 de março de 2010

Mais empregos com o etanol

26/3/2010

Por Fábio Reynol

Agência FAPESP – O aumento da produção do etanol em 15% para atender a demanda pelo combustível deverá gerar cerca de 170 mil postos de trabalho em toda a cadeia produtiva. A outra boa notícia é que a qualificação desses postos de trabalho também tem aumentado.

A análise, a partir de estudo coordenado por Márcia Azanha Ferraz Dias de Moraes, professora da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz da Universidade de São Paulo (Esalq-USP), foi apresentada na Convenção Latino-Americana do Projeto Global Sustainable Bioenergy (GSB), realizada esta semana na sede da FAPESP.

A cana-de-açúcar é a cultura que mais emprega no Brasil, sendo responsável atualmente por 629 mil postos de trabalho, o que equivale a mais de um quinto da mão de obra empregada na agricultura do país, segundo Márcia, que é ligada ao Departamento de Economia, Administração e Sociologia da Esalq.

Mesmo com a mecanização da lavoura, o número de postos de trabalho aumentou no período de 1981 a 2008, especialmente por conta da expansão do setor a fim de abastecer o mercado de combustíveis, apontou o estudo. Atualmente, cerca de metade da produção agrícola é mecanizada enquanto o restante permanece com técnicas manuais.

“A mecanização tende a aumentar graças à agenda de proibição da queima da cana para a colheita, prevista em lei”, disse a pesquisadora, referindo-se à Lei n° 11.241 do Estado de São Paulo, que determina a redução gradual da queima até a sua extinção total no ano de 2031.

O aumento da mecanização levará a perdas de postos de trabalho, segundo cálculos da pesquisa. Eles apontam o desaparecimento de oito vagas, em média, para cada máquina adquirida. “A mecanização pode significar o corte de 50 mil a 100 mil postos de trabalho”, disse Márcia.

Mesmo assim, o aumento da produção de etanol deve suplantar essas perdas, gerando 170 mil postos de trabalho nos próximos anos, o que equivaleria a um aumento de R$ 236 milhões na economia.

O estudo também comparou os impactos sociais com os da indústria do petróleo, que empregava 73 mil trabalhadores no ano de 2007. “É um número seis vezes menor do que os empregados da cana-de-açúcar, que eram 465 mil naquele ano”, disse.

Além de mais numerosos, os empregos gerados pela cana são mais bem distribuídos pelo país em comparação aos do petróleo. Enquanto a produção petrolífera se concentra em uma parte da faixa litorânea, a indústria da cana está espalhada por vários Estados brasileiros, o que ajuda a estender os benefícios econômicos e sociais a mais lugares.

A desigualdade entre as regiões, no entanto, perdura dentro do próprio setor sucroalcooleiro. Enquanto no Estado de São Paulo o trabalhador recebe em média US$ 456 por mês (o equivalente a R$ 820), no Nordeste a média salarial fica em torno de US$ 349 (R$ 630). Em todo caso, o setor paga, em média, 51% a mais do que o salário mínimo nacional.

A diferença no tempo de escolaridade também é latente no setor e considerada baixa em todo o país. Os empregados com maior tempo de estudo atuam em São Paulo e possuem em média 5,4 anos de estudo. No Nordeste, a média cai para 3,1 anos.

“O setor também concentra um grande número de empregados analfabetos, totalizando 24% de toda a mão de obra, uma multidão de 120 mil trabalhadores”, ressaltou Márcia.

Treinamento e ensino

Mas a pesquisa também levantou que a qualificação do trabalhador e a qualidade do emprego do setor têm aumentado. A cana-de-açúcar possui 81% de seus trabalhadores formalmente contratados, uma exceção no setor agrícola nacional, que tem apenas 40% de sua mão de obra com carteira de trabalho assinada.

“Isso significa que eles estão protegidos pela legislação e gozam de direitos como férias remuneradas, seguro social e fundo de garantia”, apontou a professora da Esalq.

O trabalho infantil no setor também foi praticamente erradicado desde 1981, segundo o estudo. Naquele ano, 15,3% dos trabalhadores da cultura de cana-de-açúcar tinham entre 10 e 15 anos de idade. Em 2008, os menores de idade eram 0,09%. “Isso se deve a políticas governamentais de incentivo, a uma fiscalização mais acirrada e a uma pressão do próprio mercado”, disse Márcia.

A necessidade de aumento na qualificação, no entanto, permanece. A pesquisadora citou o esforço da União Nacional da Indústria da Cana-de-Açúcar (Unica), que recentemente promoveu o treinamento de 7 mil trabalhadores a fim de que se qualificassem para operar máquinas agrícolas.

Segundo Márcia, a baixa escolaridade ainda presente pode significar um gargalo importante na expansão do setor e, para contorná-lo, serão necessárias tanto estratégias da iniciativa privada como políticas públicas específicas.


Postado por: Jaqueline Cardoso

quarta-feira, 24 de março de 2010

Compromisso Nacional

Em uma entrevista para a revista brasileira de Bioenergia, Marcps Jank,presidente da UNICA ( União das Indústrias de Cana-de-Açúcar)umas das instituições mais importantes do setor brasileiro, respondeu a seguinte pergunta.

O que é o Compromisso Nacional para Apeifeiçoar as Condições de Trabalho na Cana-de-Açúcar assinado recentemente?

"O compromisso foi uma realização histórica, pelas própria forma final do processo iniciado a pedido do presidente Lula. Não há outro exemplo no Brasil em que empresas, trabalhadores e o governo se reuniram e desenvolveram cerca de trintas práticas com que todos concordam, todos assinam embaixo. Trata-se de um ineditismo raro e muito positivo. O que o comprimisso faz é valorizar as nelhores práticas trabalhistas já existentes no setor sucroenergético brasileiro, transformando-as em patamares a ser atingidos por todos. São patamares de desempenho empresarial que vão além do que determina a lei, efetivamente nivelando por cimas as práticas do setor como um todo. A adesão chegou a algo como 80% de todas as empresas do setor sucroenergético do País, o que mostra que o compromisso é real e vai além do nome dado a esse documento. Ficamos muito orgulhosos por participar do processo que gerou esse documento, um processo consuzido pelo ministro Luiz Dulci (Chefe da Secretaria-geral da Presidência da República) com grande habilidae e sensibilidade e que, por isso mesmo, gerou um produto final muito positivo e cosntrutivo".


Postado por: Jaqueline Cardoso

Cortadores de cana iniciam requalificação profissional no centro-oeste paulista

Trabalhadores rurais que atuam no corte manual da cana-de-açúcar na região de Lençóis Paulista e Bauru iniciaram, nesta segunda-feira (22/03), a primeira etapa do curso para se tornarem mecânicos de máquinas colhedoras de cana. As aulas, que integram o Projeto Renovação, a maior iniciativa de requalificação de trabalhadores da cana já realizada pelo setor sucroenergético brasileiro, terão duração de um mês e serão ministradas nas dependências do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) de Lençóis Paulista.

O objetivo do Renovação é treinar e requalificar até sete mil trabalhadores por ano, tanto os que atuam em operações manuais de cana de açúcar quanto integrantes das comunidades onde estão as usinas. Todos serão treinados para atividades dentro das usinas ou em outros setores da economia onde haja demanda. A iniciativa foi desenvolvida pela UNICA em parceria com a Federação dos Empregados Rurais Assalariados do Estado de São Paulo (Feraesp), com apoio do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e patrocínio das empresas Syngenta, Case IH e John Deere.

Para a assessora de responsabilidade social corporativa da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (UNICA), Maria Luiza Barbosa, o Renovação é de fundamental importância para o crescimento da indústria da cana: “A relevância cresce muito em função das novas perspectivas de produção da cana, que englobam questões ambientais e de inovação tecnológica, como é o caso da mecanização da colheita,” observou.

Cerca de 40 trabalhadores ligados à usina São Manoel e a cinco unidades do Grupo Cosan, empresas associadas à UNICA, participaram do evento de lançamento, realizado na sede do Senai em Lençóis Paulista. No Estado de São Paulo, onde mais de metade da colheita da cana já é feita com máquinas, existem atualmente cerca de 140 mil cortadores manuais de cana. A atividade canavieira é um dos setores que mais geram empregos diretos no Brasil, somando cerca de 840 mil vagas em todo o país.

O cronograma completo dos cursos que fazem parte da agenda do Projeto para a região de Lençóis Paulista e Bauru terá duração total de quatro meses. Em abril, serão oferecidas vagas para a qualificação de mecânico de trator. Em junho, outras turmas farão cursos de eletricista de trator e soldador. No mês seguinte, os trabalhadores terão a oportunidade de aprender a profissão de eletricista de colhedora.


UNICA- União da Indústria de Cana-de-açúcar
23/03/10

sexta-feira, 19 de março de 2010

Cortadores de cana ganham medidas para melhorar condições de trabalho

Em entrevista realizada, no dia 17 de julho de 2009, nos estúdios da EBC Serviços, o ministro-chefe da Secretaria Geral da Presidência da República, Luiz Dulci, falou sobre o compromisso nacional para aperfeiçoar o trabalho na cana-de-açúcar, firmado entre Governo, empresários e trabalhadores.

Leia abaixo os principais trechos.

Condições de trabalho

Negociamos durante 11 meses. O presidente Lula resolveu constituir esta mesa em junho do ano passado. É algo inédito. Na história das relações trabalhistas brasileiras nunca houve uma negociação entre empresários, trabalhadores e Governo, de caráter nacional e válida para o conjunto de um setor econômico, que neste caso é chamado de sucroalcooleiro.

São 18 compromissos. Quase todos acima do que a lei já prevê. Já existem órgãos encarregados de fiscalizar o cumprimento da lei pelos empresários. Então, por exemplo, vai acabar a terceirização de mão-de-obra. Aquele chamado gato, uma pessoa que contratava os trabalhadores e levava para trabalhar nas empresas.

Agora, as empresas vão contratar diretamente, com carteira assinada, com todos os direitos. Ou, então, as empresas contratarão através do Sine (Sistema Público de Emprego). A medição do que o trabalhador produzir por dia, a medição obrigatoriamente será feita na frente dele.

Havia muita desconfiança do trabalhador. Cortava-se a cana e depois ia para outro lugar medir, sem que ele soubesse. Agora não. O preço a ser pago por aquilo que for produzido também será combinado antes.

As empresas vão fornecer hidratação gratuita. Um trabalho que é feito ao ar livre, no sol, é muito penoso. Não estava previsto na lei. As empresas também vão fornecer soro gratuito, todo dia.

Outra coisa importantíssima é a pausa, não só a do almoço. Haverá intervalo de manhã, no meio da jornada, e à tarde.

Equipamentos de proteção

Os trabalhadores vão receber gratuitamente equipamentos de proteção individual. O transporte, antes feito em caminhões, levando os chamados bóias-frias, terá que ser realizado em condições adequadas, fiscalizadas pelos órgãos do Governo.

Haverá tempo para fazer ginástica laboral, uma vez que o trabalho no corte de cana é tão penoso que pode até trazer problemas musculares. Tudo isso pago e garantido pelas empresas.

Trabalho infantil, escravo ou degradante

Felizmente, no setor sucroalcooleiro o trabalho infantil não existe mais. Ele é residual.

No último período, há aproximadamente um ano, não foi encontrada pela fiscalização do Ministério do Trabalho, ou do próprio Ministério Público do Trabalho, nenhum caso de trabalho infantil no setor.

A maioria das empresas nunca teve problemas de trabalho escravo. Mas outras, sim. E a repercussão que dá é como se todo o setor tivesse esse tipo de problema. Então, ele precisa ser eliminado. E não é só por causa da imagem da nossa produção no exterior.
Não havendo nenhum caso de trabalho escravo no setor, ninguém poderá fazer propaganda negativa contra nossos produtos.

Requalificação dos trabalhadores

De fato, com o avanço da mecanização, a previsão é de que muitos trabalhadores nesse setor venha a perder seu emprego. Por exemplo, cada máquina colheitadeira que é adotada por uma empresa gera a perda de emprego de 80 trabalhadores.

Mas nesse momento da vida brasileira, como tem havido muita expansão da produção de etanol, não há desemprego. Ao contrário, há expansão. Eram 450 mil, passaram para 500 mil nesse último período.

A previsão é que haverá perda e já estamos nos preparando pra isso.

Tanto o Governo quanto as empresas pretendem requalificar os trabalhadores. Parte deles será aproveitada na própria indústria suco-alcooleira como operador de trator, mecânico, eletricista etc.

O pessoal que não conseguir ficar no setor, daremos qualificação profissional para que possam ser reaproveitados em outros setores, agrícola ou industrial. Trabalhar com reflorestamento, com horticultura, ou também na construção civil, no artesanato etc.

Vinte e cinco por cento desses trabalhadores continuarão nas próprias usinas em outras funções. Outros terão que ser reaproveitados no meio rural ou urbano. Parte será aproveitada via Governo para apoiar a agricultura familiar.

Mas nem todos os trabalhadores que perderem o emprego no setor poderão ser aproveitados na própria área agrícola. Alguns preferem ir para as cidades.

Temos que oferecer também profissões urbanas pra eles, para que possam aproveitar essa criação de empregos que o Brasil tem realizado no ultimo período.

Aumento para aposentados e pensionistas

Estamos conversando com as centrais sindicais, com as entidades representativas dos aposentados, em especial a Cobap, que é a maior organização de defesa dos direitos dos aposentados no País.

Também com o Congresso Nacional, porque os projetos estão tramitando lá.

Nosso objetivo é estabelecer um acordo de tal maneira que possa haver uma mudança no chamado fator previdenciário, para beneficiar trabalhadores que ainda irão se aposentar.

Garanto que ainda não tem percentual decidido.

Em janeiro do ano que vem, junto com o reajuste do salário mínimo, que é outro benefício que os trabalhadores brasileiros conquistaram, mesmo aqueles aposentados que não ganham o salário mínimo, que ganham acima do salário mínimo, terão algum tipo de reajuste real acima da inflação, superior à inflação.

Durante o Governo do presidente Lula negociamos com as centrais sindicais e não só demos aumento real todos os anos - o salário mínimo nesses anos já teve um reajuste de 60% acima da inflação - mas também fomos recuando ano a ano.

Era maio, passou para abril, depois para março, fevereiro, e no próximo ano o reajuste do mínimo já será em janeiro. Isso faz parte da nossa negociação. Mas o acordo será fechado em agosto.

Fonte: Em Questão

Postado por: Gustavo Romera Céspedes

TRABALHO NO CORTE DE CANA TEM DIAS CONTADOS, DIZ ESTUDO

Em SP, acerto entre usineiros e governo prevê fim das atividades em dez anos.
A profissão do bóia-fria da cana-de-açúcar está com os dias contados no Brasil. É o que aponta estudo da Esalq/USP, que mediu os efeitos da mecanização das lavouras. Segundo a pesquisa, houve queda de 20,9% no número total de trabalhadores rurais no setor entre 1981 e 2004, que passou de 625 mil para 494 mil. Em contraste com essa queda, houve aumento de 166,3% na produção de cana no período -de 156 milhões de toneladas para 415 milhões de toneladas.
A mecanização vem aumentando ano a ano, segundo o estudo, por ao menos três razões: econômica, legal e social. Além do uso de máquinas otimizar a produção e substituir o pagamento de mão-de-obra -uma colheitadeira substitui o trabalho de cem cortadores de cana-, foram criadas leis para extinguir a colheita manual.
Segundo a economista Márcia Azanha Ferraz Dias de Moraes, da Esalq/USP e autora do estudo, o setor sucroalcooleiro tem absorvido cortadores de cana em algumas funções dentro da cadeia, como tratorista ou operador de caldeira de usina, mas a grande massa de trabalhadores -muitos analfabetos- ficará desempregada.
Em 2005, dos 519 mil trabalhadores da cana, 150 mil eram analfabetos -o Estado de São Paulo tinha 30 mil. "Claro que a mecanização vai desempregar e atingir justamente essas pessoas que não têm escolarização e não conseguirão ser absorvidas por outras formas de trabalho. São necessárias políticas públicas para começar a absorver essas pessoas, mas até agora nada está sendo feito conjuntamente", disse Azanha.
A pesquisa fez o levantamento da evolução do número de empregados baseado em dados da Rais (Relação Anual de Informações Sociais) e da Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios).
CAMINHO SEM VOLTA
Ao menos no Estado de São Paulo já existe uma data para o fim da profissão de cortador de cana: 2017. É o prazo final firmado entre usineiros e a Secretaria de Estado do Meio Ambiente, em protocolo assinado em maio deste ano, antecipando o limite de 2031 que havia sido imposto por lei estadual criada para eliminar gradativamente as queimadas de cana -as queimadas, feitas geralmente à noite, são necessárias para viabilizar o corte manual.
Outro fator é que nos últimos anos aumentou a cobrança pelo cumprimento das normas trabalhistas no campo, principalmente após a morte de 21 bóias-frias, desde 2004, supostamente por excesso de esforço no trabalho.
Neste ano, por exemplo, uma força-tarefa formada por Procuradoria do Trabalho e Subdelegacia do Trabalho, com apoio da Polícia Civil, fez várias blitze em canaviais e alojamentos de bóias-frias no Estado em busca de irregularidades trabalhistas, como a falta de registro, a não-utilização de equipamentos de proteção, jornada irregular e alojamentos precários.
Segundo a Unica (reúne as indústrias sucroalcooleiras), de 42% a 45% da produção de cana no Estado de São Paulo já é colhida por máquinas, índice acima do nacional -entre 35% e 37%. "A mecanização é uma trilha sem volta, e as usinas vão buscar capital para se desenvolver", disse Sérgio Prado, diretor da Unica na região de Ribeirão Preto -uma colheitadeira custa cerca de R$ 800 mil.
As novas usinas, por exemplo, já não contam mais com a figura do cortador de cana, disse Prado. Segundo ele, o papel de inserir os trabalhadores em outras áreas quando a função de cortador for extinta deve ser assumida em conjunto por empresas, sociedade e governo.
A massa de trabalhador sem formação é também migrante, principalmente da região Nordeste e do Vale do Jequitinhonha (MG). Muitas vezes eles embarcam para as zonas canavieiras atraídos apenas por comentários dos vizinhos sobre os ganhos no corte da cana.
"Só tem vindo gente nova. Cortador com mais de cinco anos de safra não chega mais", diz a irmã Inês Facioli, da Pastoral do Migrante. Segundo ela, os cortadores mais experientes não suportam mais a carga de trabalho. Neste ano, o campo tem assistido a um fenômeno revelador dos novos tempos: em plena safra, migrantes estão voltando para suas cidades por terem sido dispensados ou não encontrarem trabalho nas usinas (Folha de S.Paulo, 11/9/07)


postado por: Gustavo Romera Céspedes

De 1971 a 2004, cerca de 670 mil postos de trabalho foram eliminados nas áreas rurais do Estado de São Paulo.

De 1971 a 2004, cerca de 670 mil postos de trabalho foram eliminados nas áreas rurais do Estado de São Paulo devido, principalmente, à progressiva mecanização da agricultura paulista. O número de trabalhadores no período caiu de 1,723 milhão para 1,050 milhão.



Os dados estão na tese de doutorado de José Marangoni Camargo, professor de economia na Faculdade de Filosofia e Ciências da Universidade Estadual Paulista (Unesp), em Marília (SP). O trabalho, apresentado no Instituto de Economia da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), teve como base indicadores do Instituto de Economia Agrícola, vinculado à Secretaria de Agricultura e Abastecimento.
Intitulado Relações de trabalho na agricultura paulista no período recente, o estudo destaca que o nível de emprego direto gerado pela agricultura depende de quatro fatores: área cultivada, composição das culturas, desempenho da safra e estágio tecnológico dos empreendimentos. Segundo Camargo, a área plantada ficou praticamente estagnada no Estado entre 1971 e 2004, em torno de 6 milhões de hectares.
- O desaparecimento de 670 mil postos de trabalho nesse período pode ser explicado pelas mudanças nos processos técnico-produtivos e pelo avanço das inovações tecnológicas. Modificações na composição da agricultura para culturas como a cana-de-açúcar, que demandam tecnologias mais avançadas, também foram determinantes para o desemprego - disse o professor.
A categoria mais afetada pela mecanização são os trabalhadores temporários, também conhecidos como volantes ou bóias-frias. A tese indica que, devido à modernização dos métodos de produção, foram nos anos 1990 que ocorreram as mudanças mais significativas na ocupação agrícola paulista.
Segundo Camargo, em 2004 a cana-de-açúcar ocupava 48% de toda a área com culturas no stado, enquanto em 1990 esse índice era de 33%.
- Uma colheitadeira chega a substituir o trabalho manual de até cem indivíduos e, como a mecanização da colheita da cana também acompanhou a evolução da área plantada, qualquer modificação nesse setor tem impacto direto na força de trabalho - disse.
De acordo com o economista, de 2000 a 2004 a cana impulsionou o aumento de 6 milhões para cerca de 7 milhões de hectares plantados com culturas agrícolas em São Paulo. Atualmente, o setor sucroalcooleiro, o que mais sofreu transformações no emprego, ocupa mais de 50% da área cultivada por ter se expandido para outras regiões, como pastagens, além de substituir culturas tradicionais como a laranja.
- Hoje a cana-de-açúcar emprega em torno de 230 mil trabalhadores, o que representa cerca de 20% do total ocupado na agricultura paulista. Em 2007 tivemos quase 4 milhões de hectares plantados com cana, sendo que 45% da sua colheita já é mecanizada. Nos anos 1990 esse índice de mecanização não chegava a 30% - comparou.
Por outro lado, segundo o pesquisador, é possível dizer que hoje o número de trabalhadores empregados com a colheita da cana permanece estável porque, ao mesmo tempo em que a mecanização da colheita cresce, o plantio da cultura também avança em áreas com baixa ocupação de mão-de-obra, em especial na região oeste do Estado.
Camargo aponta ainda que, mesmo que praticamente todas as regiões do Estado tenham registrado redução do nível de emprego no campo de 1971 a 2004, as baixas nos empregos agrícolas não foram iguais.
- Nas cidades onde predominam a pecuária e a monocultura, como por exemplo em Presidente Prudente e Araçatuba, o desemprego foi mais acentuado do que nas regiões onde as culturas são diversificadas - afirmou.

Fonte: Agência Fapesp

Postado por: Cássio Ayres.

quarta-feira, 17 de março de 2010

Concorrência com a mecanização

" No Pontal do Paranapanema, oeste de São Paulo, os cortadores de cana estão se dedicando aos estudos. Eles buscam aprender novas funções para escapar do desemprego que deve chegar com a mecanização das lavouras.

Aos 47 anos, o trabalhador rural Francisco Oliveira sabe que no canavial moderno não há espaço para o bóia-fria. "Quanto mais máquinas vai acabando nossa profissão de cortador de cana", disse.

A expansão do setor sucroalcooleiro no oeste do Estado de São Paulo começou no final da década de 90. Para ocupar enormes áreas com cana de açúcar, trabalhadores rurais vieram de várias regiões do país. Hoje, o trabalho abundante está desaparecendo.

Uma pesquisa da Universidade Estadual Paulista revela que entre 2007 e 2009 vinte e três mil cortadores de cana perderam o emprego em todo o Estado de São Paulo.

No final da tarde o facão parece mais pesado. O corpo da sinais de que chegou a hora de parar. "Eu gostaria de sair daqui porque é sofrido esse trabalho", falou a trabalhadora rural Aparecida dos Santos.

Foi na lida nos canaviais que Aparecida encontrou energia para, sozinha, criar dois filhos e construir a casa onde mora. "Se eu pudesse voltar atrás eu teria estudado. Eu não estudei. Então, eu hoje estou tentando ser alguém na vida. Se Deus quiser ainda vou conseguir ser", falou.

É na sala de aula que os trabalhadores voltam a se encontrar. Muitos não concluíram o ensino fundamental. Além de qualificar para o mercado de trabalho, a educação começa a transformar a vida dessas pessoas.

A escolaridade média dos trabalhadores da cana é de 3,7 anos. Os cursos profissionalizantes são uma parceria de uma usina e do Sindicato dos Trabalhadores Rurais. Para frequentá-los é preciso apenas saber ler e escrever. Setenta por cento das vagas são para quem já trabalha no setor. O restante é para quem está desempregado.

"Estamos buscando a profissionalização desse pessoal para que eles tenham uma melhor qualidade de vida e que possam migrar para uma mão de obra mais qualificada", explicou Adilson Segato, gerente de usina.

Indo ao encontro a novas oportunidades, mulheres buscam lugares antes ocupados apenas por homens. "Eu pretendo fazer esse curso porque é uma vontade que eu tenho de dirigir uma máquina e é uma oportunidade pra gente que quer trabalhar", falou Aparecida da Conceição, trabalhadora rural desempregada.

Nos últimos dois anos, surgiram 3,7 mil vagas de operadores de máquinas. Existem no país, novecentos mil cortadores de cana. A estimativa do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social é que até 2014 sessenta mil trabalhadores rurais percam o emprego somente no Estado de São Paulo.

Para o Sindicato Rural, mesmo com a capacitação, é impossível o mercado de trabalho absorver tantos profissionais. "Aqui está tendo curso de soldador, de operador de caldeira e vários outros cursos fora do setor sucroalcooleiro. Somente aprender a operar máquinas agrícolas não vai preencher essa lacuna que é automatização do setor sucroalcooleiro, que está causando o desemprego", falou Elmo Silveiro Lesio, presidente do Sindicato dos Cortadores de Cana.

Cristiano Silva começou no corte da cana aos 13 anos de idade. O desgaste precoce foi recompensado. Hoje, é ele quem coordena o processo de mecanização de uma usina de álcool. "A oportunidade está aí para a pessoa crescer. Basta ela se aperfeiçoar que consegue chegar lá", disse. "

Fonte: Globo Rural - Rede Globo
http://www.biocana.com.br/capa/lenoticia.asp?ID=10496

Postado por: Rafael Amorim

Dilma fala sobre mão-de-obra no setor sucroalcooleiro

Essa é uma parte do discurso de Dilma Rousseff, Ministra Chefe da Casa Civil, em visita à Feicana/FeiBio 2010 na última quarta-feira (10).

"A capacitação de mão-de-obra no setor sucroalcooleiro também foi citada por Dilma. "No setor vai haver um aumento da mecanização, que vai acarretar na liberação da mão-de-obra qualificada que por sua vez vai produzir os equipamentos para suprir a própria mecanização do nosso etanol".

Dilma finalizou a questão da capacitação de mão-de-obra dizendo que a região de Araçatuba é privilegiada. "Esse é o momento de todos vocês, principalmente numa região como esta que tem todas as oportunidades. Oportunidade é algo que a gente também constrói, mas oportunidade é, principalmente, algo que a gente aproveita quando nos preparamos para aproveitar. Essas duas palavras, transformação e esperança, sintetizam isso. Sabemos que o país está transformando, mas temos que dar a nossa energia que é a esperança de transformar cada vez mais esse país", finalizou."

A notícia completa está no site: http://www.udop.com.br/index.php?item=noticias&cod=1065002

Postado por: Rafael Amorim

terça-feira, 16 de março de 2010

Boa noite!
O Gabriel, novo integrante do grupo, me enviou algum material que eu só tive tempo de sentar e postar agora, me desculpem! O primeiro arquivo é a Lei da mecanização completa e detalhada, o outro arquivo são slides de uma aula com informações muito significativas sobre o assunto.

Lei de mecanização


Aula

Por agora é isso.

Postado por Thais Mileni

Lula defende fim de barreiras ao álcool em ato pró-trabalhadores da cana

MARCELA CAMPOS
Colaboração para a a Folha Online, em Brasília


O presidente Luiz Inácio Lula da Silva elogiou, nesta quinta-feira (25), em cerimônia no Palácio do Buriti, a iniciativa dos usineiros para aprovar acordo que deve melhorar as condições de trabalho dos cortadores de cana-de-açúcar.

Mais uma vez, Lula defendeu a extinção das barreiras ao comércio de produtos derivados da cana no exterior, como álcool e açúcar. "[Os europeus falam:] 'Ah, mas lá [no Brasil] a cana tem trabalho escravo. Se essa moda pega, você vai chegar na Europa para vender e eles vão falar 'não"... Queremos que prevaleça a lei do livre-comércio."

Segundo o presidente, antes os usineiros "eram tratados como os evangélicos: todo mundo quer o voto, mas depois tem vergonha de dizer que recebeu apoio. O setor era tratado como a coisa nefasta do setor empresarial brasileiro", disse Lula.

"Já fui criticado por apoiar os usineiros. (...) A verdade é que o tempo se encarrega de fazer a mudança para todos os lados. E eu virei garoto-propaganda do álcool no mundo, coisa que jamais imaginei", afirmou.

Das 413 usinas do país, 303 assinaram o termo, de forma voluntária, segundo o presidente da Unica (União da Indústria de Cana-de-Açúcar), economista Marcos Jank. Segundo ele, cerca de 75% dos empresários do setor, responsáveis por 80% da produção nacional, aceitaram o acordo

Muitos empresários do Estado de São Paulo (que produz cerca de 60% da cana-de-açúcar brasileira), porém, não aderiram ao acordo, de acordo com a Contag (Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura).

Segundo Jank, ainda há "problemas isolados" que, entretanto, não representam a conduta geral do setor. "Precisamos criar mecanismos de mercado para valorizar as boas práticas trabalhistas. Ainda há problemas, mas os avanços são reconhecidos."

Para Lula, com o tempo, "essa pessoa que for uma ovelha verde ou marrom vai ficar tão sozinha que vai sentir vergonha" e vai se unir aos empresários que assinaram o acordo, brincou com a expressão politicamente incorreta.

O presidente recebeu, de trabalhadores do setor, um facão usado no corte da cana, além de uma cesta com açúcar mascavo e rapadura entre outros doces. "Vocês viram como o pessoal da segurança do meu cerimonial é cuidadoso?", brincou o presidente em referência à intensa revista na entrada da cerimônia. "Mas esse facão, mostrado assim, [não é uma arma] é o símbolo da paz e vai ser guardado com muito carinho."

No final da cerimônia, Lula prometeu conseguir patrocínio para um trabalhador que também é lutador de boxe. "Já fui treinador de boxe. Parei de lutar porque eu era excessivamente violento", brincou.

Negociação

Durante 11 meses, trabalhadores, governo e cerca de cem empresários discutiram melhorias nas condições de trabalho nas lavouras de cana-de-açúcar.

No termo ficaram estabelecidas 18 medidas, entre as quais, a contratação de trabalhadores com carteira assinada. O Sine (Sistema Nacional do Emprego, órgão do Ministério do Trabalho) vai atuar na admissão dos migrantes e pretende garantir o retorno dos contratados às cidades de origem após a colheita.

Apesar de marmita térmica ser disponibilizada para os trabalhadores, não será dada comida. Na questão da segurança, os usineiros se comprometeram a fornecer gratuitamente transporte e equipamentos de segurança individuais (luvas, bonés com abas largas e proteção para o pescoço, protetor de braços, caneleiras, botinas, facão, entre outros).

Os mecanismos de aferir a produção deverão ser negociados previamente.

Postado por: Jaqueline Cardoso

quinta-feira, 11 de março de 2010

Perfil dos Trabalhadores

Os cortadores de cana são, na sua maioria, homens migrantes do Nordeste. Deixam a sua família para vir trabalhar no Sudeste, já que acham uma melhor oferta de trabalho. Eles vão morar nas cidades próximas às lavouras em pequenas casas, muitas vezes há lotação dessas casas, chegando a ter 10 homens dividindo dois dormitórios e um banheiro.

Com o passar dos anos as condições oferecidas a eles aumentaram, como por exemplo:

- As leis trabalhistas: os trabalhadores agora têm um maior amparo do estado sobre os seus direitos. Antigamente nenhuma lei de trabalho era respeitada, agora com a pressão social e as reindivicações, os empregadores se preocupam mais com a burocracia do contrato dos empregados.

- Proteção no trabalho: O corte de cana é um trabalho exaustivo e arriscado, sendo o principal equipamento de trabalho é o facão (enormes facas afiadas que na ponta se parecem com uma foice). No dia-a-dia os trabalhadores enfrentam dias de muito sol e pregas, folhas e resíduos da lavoura, tendo que trabalhar com calça, camisa comprida, chapéu, luvas e protetor facial o dia inteiro, por questões de segurança. Atualmente, a roupa é vista como material de trabalho e é por lei exigida, cabendo às usinas a providencia - lá.
Outro aspecto do corte de cana é a da preocupação com a saúde do trabalhador. Desmaios, fadigas e tonturas são normais em um dia de trabalho para eles, já que trabalham o dia inteiro embaixo do sol. Como também, acidentes com o facão que por ser muito afiado, causa cortes e decepamentos. Auxílio de emergência também é exigido, e são as usinas que tem que prestar esse serviço.
Atualmente, a maioria das usinas tem levado seriamente estes requisitos da proteção no trabalho e auxiliam os empregados com assistência médica de emergência e melhorias nas condições de trabalho.

-Maior organização das moradias: Como já dito anteriormente, trabalhadores moram juntos em uma casa, já que estão longe da família. Atualmente, as usinas os organizam em uma casa e deixam outro trabalhador natural da cidade para auxiliá-los. É fornecida uma casa mobiliada, variando o número de moradores da casa.
As compras de comida, sanitários, materiais de limpeza, contas de água e luz são pagas pelos trabalhadores.

Postado por: Jaqueline Cardoso

quarta-feira, 10 de março de 2010

Olá Pessoal,

Para dar início ao nosso trabalho de pesquisa sobre o tema "Mecanização de colheita x trabalhadores" estou colocando alguns vídeos que achei interessantes sobre o assunto. Os 3 primeiros vídeos fazem parte de um programa de tv que fala sobre a mecanização das colheitas de cana. Foi um programa que teve um foco totalmente a favor da mecanização das colheitas, pois nos 24 minutos de programa falou apenas das vantagens e ganhos que a mecanização da colheita traz tanto para o ambiente quanto para os produtores.

Parte 1:


Parte 2:


Parte 3:


Após assistir aos vídeos nota-se que não há a mínima preocupação com o que acontece com os trabalhadores que perdem seu emprego com a mecanização.

O vídeo a seguir começa a contar a história de outro ponto de vista: o dos trabalhadores. Esse vídeo é sobre uma redação de uma menina, filha de cortador de cana, que ganhou uma olimpíada nacional de redação no ano passado. O vídeo mostra um pouco da rotina dos trabalhadores e de como é dura a vida que levam.


Este segundo vídeo conta com mais detalhes a rotina dos cortadores de cana, faz parte de uma série de reportagens mostradas pela rede Globo em 2009 sobre esse assunto.



Este terceiro vídeo faz parte de um documentário chamado: " Tabuleiro de cana - Xadrez de cativeiro"


Esse foi só o começo!
Até mais!

Postado por: Thais Mileni

sexta-feira, 5 de março de 2010

Este blog foi criado a fim de discutir os conflitos gerados pela mecanização da colheita de cana. A agroindústria canavieira representa 30% do PIB agrícola e emprega 40% dos trabalhadores rurais. Esse tema envolve o entrave entre o avanço da modernização agrícola e o trabalho dos tradicionais “bóias-frias”. Debates, soluções e relatos vão ser discutidos nesse blog.

Postado por: Jaqueline Cardoso, Thais Mileni Fernandes, Rafael Fernandes, Cassio Ayres e Gustavo Romera