quarta-feira, 5 de maio de 2010

Para concluir o trabalho desenvolvido ao longo do trimestre, preparamos este post para finalizar o blog. Queríamos agradecer à todos aqueles que colaboraram para o desenvolvimento do trabalho de pesquisa e dizer que foi um grande aprendizado para todos nós em muitos sentidos. Apesar das dificuldades durante o desenvolvimento do projeto, sobretudo a incompatibilidade de horário para reuniões entre os membros do grupo, conseguimos desenvolver o trabalho de acordo com os critérios estabelecidos pela disciplina. Queríamos deixar registrado que o grupo trabalhou muito bem em conjunto, sempre respeitando a individualidade e opiniões de cada um. Sendo assim, apresentamos a conclusão de nosso trabalho.
Como apresentado em nosso trabalho, os cortadores de cana que ficarão sem emprego após o fim das queimadas são, em sua maioria, os que migram do sertão nordestino. A migração dos trabalhadores do Nordeste para o Sudeste em época de colheita se tornou uma questão cultural em certos lugares do sertão, sendo assim, com a Lei das queimadas e a mecanização total da colheita, eles teriam que adaptar toda uma cultura e tradição construída ao longo de muitos e muitos anos. Vimos também que a colheita manual da cana tem em diversos pontos relação com a época de escravidão no Brasil, fato que não podemos discordar pois o trabalho como sabemos é muito pesado e a remuneração não está a altura do esforço dispensado na colheita assim como as condições de trabalho e de moradia também não, pelo menos em sua grande maioria dos casos. Todos nós sabemos que o Nordeste do nosso país vive com problemas de seca e sofre com a falta de infra-estrutura e nem da agricultura de subsistência as famílias conseguem mais viver, devido a seca e a falta de estrutura para cuidar da plantação.
Em cima desse ponto o grupo propõe, como solução, um trabalho que já está sendo feito e que tem dado certo há alguns anos. Esse projeto se chama fazenda Nova Canaã que tem ajudado famílias e tem trazido esperança para a resolução dos grandes problemas do sertão. Segue abaixo um pouco sobre projeto.

FAZENDA NOVA CANAÃ

Histórico
Campanhas consistem em uma ampla divulgação

A Associação Beneficente Cristã tem realizado, nos últimos anos campanhas de assistência às vítimas da seca no sertão nordestino. São programas chamados de S.O.S. Nordeste.Estas campanhas consistem em uma ampla divulgação na mídia e de convites à população em geral para que doe alimentos não perecíveis e roupas, levando-os aos templos da Igreja Universal espalhados em todo o Brasil. Cabe, então, aos membros voluntários da igreja selecionar e embalar as doações em cestas básicas, distribuindo-as às populações mais carentes das regiões atingidas pela seca.Esse programa, no entanto, é de caráter emergencial, com benefícios apenas temporários: minora os efeitos da seca, mas não apresenta soluções para as causas do problema.Em vista disso, surgiu a idéia de um projeto que não só contemplasse os momentos de crise, mas que apresentasse soluções permanentes, a fim de minorar a aflição das populações carentes do Nordeste. Nascia, assim, o Projeto Nordeste.
2)Apresentação
A união da fazenda com a indústria no meio do sertão
Para atingir seus objetivos, o Projeto Nordeste estabeleceu sua base inicial no Município de Irecê, em pleno sertão da Bahia. Lá, adquiriu uma propriedade com uma área aproximada de 450 hectares, que recebeu o nome de Fazenda Nova Canaã, sendo a primeira de uma série de fazendas que farão parte do Projeto.Essas fazendas, inspiradas nos moldes dos kibutzs israelenses, são basicamente agro-indústrias, administradas e desenvolvidas por profissionais voluntários, com a reaplicação total dos lucros. É a união da fazenda com a indústria no meio do sertão. Além disso, em cada uma delas se estabelecerá uma área social, oferecendo amplos benefícios à população carente, especialmente crianças, além de um departamento técnico, com biblioteca, laboratórios, salas de conferência e demais facilidades necessárias ao completo estudo de uma solução específica para a região, com projetos econômicos que insiram o maior número possível de parceiros.

3) Objetivo
Apresentar soluções para os principais problemas do Nordeste
O objetivo do Projeto é apresentar soluções regionais para as principais causas do subdesenvolvimento da região semi-árida do Nordeste:

1. Falta de recursos hídricos
O clima semi-árido se caracteriza por ter somente um único período de chuvas por ano. Estas, porém, não atendem às necessidades da lavoura, não só pela pouca quantidade como também pelo fato de raramente coincidirem com a época exata em que as diversas culturas precisam de água.
Mesmo assim, as chuvas vão-se infiltrando pelo solo e formam os chamados lençóis freáticos no subsolo.
A falta de recursos hídricos, portanto, não é caracterizada pela inexistência de água, já que esta pode ser encontrada no subsolo, mas pela falta de condições do pequeno agricultor de extrair e distribuir eficientemente essa água para sua plantação.

2. Carência tecnológica
A implantação de um sistema de irrigação é fundamental para que os produtores rurais tornem-se independentes das condições climáticas. Poucos, entretanto, são os que dispõem de recursos para implantá-lo e, ainda assim, aqueles que o fazem, utilizam métodos ultrapassados, como o sistema de pivô rotativo e o de aspersão, onde é grande o desperdício de água. A Fazenda Nova Canaã adotou o mesmo sistema de irrigação utilizado em Israel: o de gotejamento, onde cada planta recebe a quantidade exata de água de que necessita, gotejada no seu pé, com aproveitamento de 100% da água distribuída.

3. Falta de condições de armazenamento e comercialização da produção
No sertão, por causa da ocorrência de um período único de chuvas no ano, os produtores colhem juntos, numa mesma época, um mesmo tipo de produto. Isto provoca a queda do preço de toda a produção, já que a oferta é grande e a procura, nem tanto.
Surge, aí, a necessidade de estocagem da produção para que os produtores não necessitem vender tudo de uma só vez, a preços baixos.
No entanto, a falta de infra-estrutura para armazenamento, bem como de um escritório de comercialização local, fazem com que os produtores acabem por se tornar alvo dos atravessadores, que lhes impõem o preço a ser pago pela safra.

4. Falta de assistência básica nas áreas de saúde e educação para as populações mais pobres, especialmente crianças na fase pré-escolar
Atualmente, as crianças que ainda não atingiram a idade do ensino fundamental (sete anos) são as mais prejudicadas. Na região, as escolas públicas existentes para a educação infantil não suprem a necessidade da população. Essas crianças, normalmente, ficam em casa, ajudando seus pais nas tarefas diárias, ao invés de estarem na escola.
Tardiamente,ao atingirem a idade dos 7 anos, são encaminhadas às escolas públicas, iniciando a 1ª série do 1º grau, fase essa em que suas deficiências e carências são então detectadas e, quando possível, supridas. Muitas dessas crianças chegam à 3ª série ainda com dificuldades de ler e escrever.

4) Primeiros passos
O Projeto teve início com a implantação de diversas fazendas no semi-árido nordestino, levando investimento e tecnologia para combater os problemas da seca.
Com a compra da Fazenda Canaã e a aquisição dos primeiros equipamentos, começou a ser construída uma verdadeira cidade, que abriga uma escola agrícola e uma convencional, o Centro Educacional Betel, atendendo inicialmente a 200 crianças carentes, entre 3 e 6 anos, das 07:00 às 16:00h, com alimentação, transporte, uniforme e assistência médico-odontológica.
A Fazenda também terá creche, clínica médica, pousada, igreja, restaurante comunitário, área de lazer e esportes, além de uma vila residencial, com 30 casas.
Para os campos agrícolas, um cuidadoso estudo podológico foi realizado por técnicos de Israel e do Brasil, bem como uma avaliação dos recursos hídricos do subsolo. Assim, surgiu um programa plurianual de plantio e o estudo de viabilidade técnica e econômica para a instalação de uma agroindústria, a qual se encontra em plena fase de desenvolvimento.

PROPOSTA
Em cima desse projeto, mostrado acima, nossa ideia é a de o governo, através de investimentos públicos e também de privados, loteie uma grande área crie uma grande fazenda com moradias e espaço de terras para essas familias carentes. A partir daí divida as terras por igual e distribua a todos igualmente. Também seria necessário a utilização do sistema israelense de gotejamento citado acima, também fornecido pelo governo. Assim cada família teria sua terra para plantar e no mínimo viveriam da agricultura de subsistência. Poderia também se utilizar do mesmo trabalho voluntário feito na fazenda Canaã para o usufruto de serviços básicos como médico, escola, esporte e etc.
Em conjunto com esse grande investimento também propomos que o governo possa trazer diversos incentivos fiscais como: insenção de impostos de terras por um determinado tempo, insenção da taxa de impostos pagos pelo registro de trabalhadores e etc., e condições estruturais para que um pouco dessas usinas, que se concentram no estado de são paulo, possam migrar para o sertão nordestino, gerando emprego para essa população já beneficiada por esse novo projeto de loteamento de terras.
O projeto acima citado é uma prova de que há solução para a melhora nas condições de vida do sertanejo, que temos a condição de dar a eles uma vida digna em sua terra natal, diminuindo assim o problema da alta taxa de migração. Basta o governo querer trabalhar que teremos resultados.
Ai vai o link para quem quiser conhecer mais sobre o projeto Fazenda Nova Canaã.
http://www.projetonordeste.com.br/projeto.jsp

Obrigado,

Membros do grupo:
Cassio de Carvalho Ayres e Silva
Gabriel Fagundes Ventura
Gustavo Romera Céspedes
Jaqueline Gomes Cardoso
Rafael Amorim Fernandes
Thais Mileni Fernandes

sábado, 1 de maio de 2010

Soluções?

Bom dia!

Bom, diante da nossa pesquisa nos deparamos com diferenciados textos, os de direita, esquerda, sobre escravidão, mecanização, do presidente, de cortadores de cana, enfim... mtas opiniões, mtos dados e fatos.

Observamos que os dados nem sempre batiam, gerando certas incertezas. Contudo, podemos analisar os dois lados da moeda.

Nas converssas do grupo, chegamos a conclusão que a Lei veio sim em boa hora. Porém, o seu implantamento deve ser planejado.

A indústria sucroalcooleira está se expandindo, gerando muitos empregos qualificados. Alguns trabladores só seriam recolocados e receberiam as devidas qualificações.

Porém, a nossa preocupação veio com os trabalhadores nordestinos. Não sabemos se eles seriam recolocados no sistema, já que a maioria das usinas são no sudeste.

Com isso, nosso projeto será para o estado, para que eles deem mais apoio para esses trabalhadores.

quarta-feira, 28 de abril de 2010

Oi pessoal, Boa tarde!
Como estamos terminando o processo de pesquisa e desenvolvimento do projeto, estou postando agora a apresentação de slides que será utilizada hoje na apresentação final do grupo.

http://www.4shared.com/document/4sCrdj9m/apresentao.html

Mais tarde, após a apresentação eu venho postar de novo para fazer algumas considerações finais.

Beijos
Thais Mileni

terça-feira, 27 de abril de 2010

Resumo do projeto


Segue o link do resumo do nosso projeto em forma de relatório, que está estruturado da seguinte forma:

- Uma breve introdução ao tema.
- Metodologia usada pelo grupo.
- Considerações finais, fazendo um apanhado geral de todos os posts.
- Bibliografia de apoio.

http://www.megaupload.com/?d=USGA3UZO

PISO SALARIAL DOS TRABALHADORES

Eu estava dando uma olhada em alguns sites hoje e me chamou a atenção essa matéria, uma vez que a mesma nos dá uma ideia de quanto recebe um trabalhador por tonelada produtiva e o piso salarial dos mesmos.

link da matéria: http://www.horadopovo.com.br/2006/marco/29-03-06/pag4a.htm

A matéria é de 2006, mas vale a pena ler e frisar na primeira parte, relacionada aos salários dos cortadores de cana.




"Morte por exaustão no corte de cana em SP

Jornada de trabalho excessiva, saúde e condições de alimentação precárias nas lavouras de cana foram constatadas pelo relatório da Delegacia do Trabalho de SP

O Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Batatais, a Delegacia Regional do Trabalho de Ribeirão Preto e o Ministério Público denunciaram a exploração dos cortadores de cana da região, que já registra mortes por exaustão. Os casos estão sendo apurados pelo MP e as denúncias já chegaram à Organização das Nações Unidas (ONU).

O presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Batatais e diretor da Central Geral dos Trabalhadores do Brasil (CGTB-SP), João Pereira da Silva, afirma que “além da resistência dos usineiros, que querem manter no topo a sua lucratividade, na região de Ribeirão Preto, o piso salarial dos cortadores é de R$ 410,00 mensais. Em média, em virtude da sobrecarga de trabalho, a remuneração pode chegar a R$ 600,00” para uma carga horária que chega até 16 horas diárias. “Até que uma solução definitiva seja tomada para resolver o problema, o sindicato vem pressionando as usinas para que sejam feitos exames médicos mais detalhados nos trabalhadores que trabalham durante a safra”, frisou.

O sindicato levantou que a baixa remuneração dos trabalhadores (que ganham em média R $ 2,70 por tonelada cortada) e a forma de pagamento (por produtividade) tem levado os cortadores de cana a trabalhar até 16 horas diárias. Em muitos casos, esse esforço é fatal e já pode ter causado a morte súbita de, pelo menos, onze cortadores desde 2004.

MORADIA

A Delegacia Regional do Trabalho de São Paulo (DRT/SP) elaborou um estudo que aponta os principais problemas - e as propostas para solucioná-los - do trabalho que está sendo executado pelos cortadores de cana do Estado. A DRT identificou graves insuficiências nas condições de trabalho que apontam para uma exploração absurda dos trabalhadores por parte das usinas e dos atravessadores terceirizados para comandar os cortadores.

A Delegacia averiguou também que existem “péssimas condições de residência para os trabalhadores mi-grantes (falta banheiro, piso, instalações elétricas precárias), excesso de trabalhadores alojados (desrespeito às normas de segurança - m2, higiene), preço do aluguel alto per capta, em relação ao tipo de moradia e quantidade de pessoas. Em Américo Brasiliense as casas chegam a alojar 17 trabalhadores, cada um pagando R$ 50,00 por/mês”, alertou o relatório. O preço final do aluguel chega a um total de R$ 850,00 por mês , quando o valor de mercado do aluguel na região é de R$ 300,00. A intermediação da locação, via de regra, é feita por um funcionário (turmeiro) da própria Usina. “Conclusão: não há o descanso necessário para o trabalhador, exploração e moradia sem condições mínimas de dignidade”, alertou o relatório.

Uma das soluções apontadas pela DRT é o fim da terceirização que acaba por aumentar ainda mais a exploração da mão-de-obra, chegando a roubar dos trabalhadores até mesmo na hora da pesagem da cana para calcular a remuneração devida aos cortadores.

REPROVADOS

O excesso de jornada de trabalho, a saúde do trabalhador e as condições de alimentação também foram avaliados, e reprovados, pela DRT. Falta de descanso aos domingos e horas extras sem remuneração são alguns dos problemas detectados. Na alimentação, o estudo constatou que a comida é preparada em condições higiênicas e nutricionais precárias e não existem os intervalos legais e costumeiros para a alimentação e repouso.

A DRT propõe que o fornecimento da alimentação seja feito pelo empregador para todos os empregados optantes e que seja feita a fiscalização do cumprimento obrigatório dos intervalos, e exigiu a redução imediata da jornada, instalação de sanitários, fornecimento de água para higiene, de água potável e abrigo para alimentação. "

Resumo do projeto

Aqui está um resumo do nosso projeto, com o contexto, objetivo, método, resultados e discussões do grupo:
Contexto: A cultura canavieira, de grande importância social e econômica para o país, tem sido marcada por um intenso processo de mecanização. Essa mudança de perfil tem levado ao tripé do desenvolvimento sustentável, econômico-ambiental-social. No eixo econômico, os produtores defendem a redução do tempo da colheita, o aumento da produtividade e a redução do custo gasto com contratação de mão de obra. No ambiente há a redução do impacto por dispensar a queima de resíduos. No eixo social o que se observa é a crescente adoção de equipamentos substituindo o grande contingente de cortadores de cana.
Objetivo: Este trabalho teórico teve o objetivo de investigar se o processo de mecanização da colheita da cana-de-açúcar tende a causar impacto social nas regiões paulistas onde se realiza a monocultura.
Método: Foi feita uma busca de artigos em bases de dados científicas, utilizando-se os termos “mecanização da lavoura”,“queimada canavial”, “mecanização da cana-de-açúcar”, “cortador de cana”, “desemprego”, entre outros, além de consultas em acervos bibliográficos.
Resultado: Os resultados mostraram que o Estado de São Paulo, Brasil, é um dos maiores produtores de cana-de-açúcar do mundo. No entanto, as exigências do mercado consumidor de etanol e os efeitos negativos das queimadas têm favorecido a mecanização parcial ou integral da colheita.
Discussão: A mecanização acentuada tende a aumentar o índice de desemprego rural no Estado, o que compromete a saúde do trabalhador nos âmbitos orgânico, psicológico, familiar e social.
Conclusões: São necessárias medidas governamentais que evitem o desemprego ou que capacitem os trabalhadores para outras funções.

QUETIONÁRIO PESQUISA DE CAMPO REALIZADA NA USINA DE COSMOPOLIS, QUESTOES PARA O CANAVIERIO

Questões para o canavieiro

1) Qual a relação dos trabalhadores de cana com os usineiros?

Na verdade, hoje aqui em Cosmópolis, agente tem contratos feitos de acordo com a lei para trabalhista. Mas ha pouco tempo atrás nosso acerto era só falado que era tratado pelo supervisor de colheita, conhecido pela gente como “capitão do mato”.

2) Como são suas condições de trabalho? Qual a quantidade de cana que o senhor colhe por dia?

Eu já estou trabalhado no corte de cana a 8 safras e só de duas safras pra cá é que foram feitos os contratos. Mas como você sabe o trabalho no corte é muito duro o sol é muito forte e agente ganha por produtividade quanto mais colhe mais ganha. O dia que eu menos colhi foram 3 toneladas o Maximo foram 5.

3) Qual o motivo que faz os senhores virem de tão longe, na maioria dos casos, para trabalhar no corte de cana?

É porque agente vive na seca e vem pra cá na época da safra pra faze um dinheirinho pra pode vive alguns meses de uma vida digna. Mesmo sendo duro o trabalho e agente não sabendo se volta pra casa agente precisa arrisca. No final agente acaba arrumando moradia por aqui e trazendo a família.

4) Foi publicada uma lei para que a queima da palha da cana-de-açúcar seja eliminada. O senhor acha que isso vai beneficiá-lo?

Agente espera que agente possa ter uma condição de trabalho mais leve, eu já vi alguns colega morrerem ai no canavial, se agente puder ter o emprego e com melhores condições será muito bom.


5) As condições de trabalho, após essa lei, ficaram melhores ou piores? Por quê?
Como eu já disse as condições d um tempo pra cá melhoraram

6) O senhor acha que essa mudança vai provocar desemprego para os canavieiros?

A com certeza agente sabe que apesar deles já terem aproveitado alguns de nós não vai te mais espaço pra todo mundo.

7) Sem a queimada e com a adaptação do corte mecânico, os usineiros estão oferecendo cursos, afim de capacitá-los para algum trabalho dentro da usina? Há interesse por parte dos canavieiros por esses cursos?Sim eles tão oferecendo curso pra trabalha com o maquinário do corte e em algumas áreas administrativas, faxina e etc.

8) Quais são suas perspectivas de trabalho, agora que o corte de cana manual será praticamente extinto?

Quem aproveita e consegui uma chance vai fica tudo bem, mas quem não consegui volta pra sua terra natal e vai vive sem nenhuma dignidade. É o que já ta acontecendo com muitos aqui.

Questionário respondido por Dionísio da Silva – Cidade natal: Conceição do Coité - BA


Postado por gabriel ventura

Questionario

Questionário Mecanização x Trabalhadores

1) Qual a relação dos usineiros com os trabalhadores de cana?

Contrato de trabalho.

2) Qual a nova percepção dos usineiros depois da lei?

Eliminar a colheita de cana manual, e terrenos com declividade acima de 10% não arrendar.

3) Quais são suas perspectivas futuras?

Treinar os trabalhadores da cana para que estejam aptos a conduzirem máquinas agrícolas. Diminuir as queimadas, mudando a imagem de usina poluidora das cidades.


4) Qual o seu ponto de vista com relação à Lei 11241/2002, que dispõe sobre a eliminação da queima da palha da cana de açúcar?
C
oncordo, usina de açúcar e bioenegria é um sistema que quase se cnsegue fechar o ciclo, as queimadas atrapalham a imagem bem como ajuda a poluir as cidades vizinhas.

5) Os usineiros, em algum momento, foram ouvidos a respeito da propositura desta lei?

Não tenho conhecimento sobre esta pergunta.

6) Existem pontos na postulação desta lei, que se mudados, aperfeiçoaria o processo de eliminação da queima da palha de cana-de-acúcar?
Não.

7) Quais as dificuldades que os senhores têm enfrentado na adequação desta lei, no aspecto prático? As metas quanto à eliminação, previstas na lei, para até esta data, têm sido cumpridas?

Com relação aos fatores sociais econômicos, ocorreram mudanças, quais?
Até o momento não enfrentamos, pois por determinação da empresa colheremos apenas cana crua a partir deste ano. Com isto estamos promovendo a nível de instrução dos trabalhadores da região, transformando-os em operadores de máquinas.

8) Quais foram as maiores vantagens e desvantagens dessa lei que inibe as queimadas, o que conseqüentemente acaba com a colheita manual?

As maiores vantagens são, a promoção dos trabalhadores rurais e a diminuição das queimadas. A maior desvantagem é o aumento do uso de óleo diesel.

9) Quais são as principais diferenças em questão de quantidade na colheita, gastos com limpeza do bagaço e manutenção, e rendimento do produto final quando a cana é colhida ainda verde?

Temos um aumento na quantidade de impureza vegetal, maior consumo de óleo diesel e menor rendimento por colhedora.

10) Existe alguma possibilidade dos senhores conseguirem empregar alguma parte dos trabalhadores, que perderão seus empregos, em alguma outra atividade relacionada com a usina? Quais atividades?

Sim. Operador de máquina. Auxiliar de campo. Auxiliar administrativo etc.

Questionário respondido por Supervisor de produção Usina Laguna

RESPOSTA QUESTIONARIOS PESQUISA DE CAMPO

QUESTIONARIO FEITO PARA OS USINEIROS, CONSEGUIMOS QUE TRÊS RESPONDESSEM ESTA AI DÊEM UMA OLHA E DESCULPEM O ATRASO SO RECEBI AS RESPOSTAS PO EMAIL HJ!!!!!

Questionário Mecanização x Trabalhadores

1) Qual a relação dos usineiros com os trabalhadores de cana?

Ë difícil falar desta relação entre os usineiros e cortadores, principalmente num estado como São Paulo, pois algumas usinas trabalham de forma correta, atendendo todas as Leis trabalhistas e outras não atendem.

2) Qual a nova percepção dos usineiros depois da lei?

Os usineiros estão se adequando, afinal o setor já esperava esta Lei, pois a função da sociedade pela questão ambiental será sempre muito grande.

3) Quais são suas perspectivas futuras?

A perspectiva é a colheita mecanizada de cana crua, obrigando a demissão de cortadores ou reaproveitamento dos que queiram se adaptar a esta nova realidade.

4) Qual o seu ponto de vista com relação à Lei 11241/2002, que dispõe sobre a eliminação da queima da palha da cana de açúcar?

Acredito que esta Lei muda completamente o setor, mas já estava na hora de acabar com a queima, que provoca enormes danos ambientais.

5) Os usineiros, em algum momento, foram ouvidos a respeito da propositura desta lei?

Sim, o setor sempre esteve presente, porém não concordava.

6) Existem pontos na postulação desta lei, que se mudados, aperfeiçoaria o processo de eliminação da queima da palha de cana-de-acúcar?

Não.

7) Quais as dificuldades que os senhores têm enfrentado na adequação desta lei, no aspecto prático? As metas quanto à eliminação, previstas na lei, para até esta data, têm sido cumpridas? Com relação aos fatores sociais econômicos, ocorreram mudanças, quais?

A maior dificuldade é colher a cana crua em áreas com declividades acima de 12%.

8) Quais foram as maiores vantagens e desvantagens dessa lei que inibe as queimadas, o que conseqüentemente acaba com a colheita manual?

A maior vantagem é a redução de emissão de CO2 e a maior desvantagem é o aumento de custo, pela aquisição de maquinário e mão-de-obra sem qualificação.

9) Quais são as principais diferenças em questão de quantidade na colheita, gastos com limpeza do bagaço e manutenção, e rendimento do produto final quando a cana é colhida ainda verde?

O rendimento da colheita mecanizada é muito superior comparado com a queima, sem contar a redução de trabalhadores rurais, que complicam a situação das usinas, em função das leis trabalhistas e risco de acidentes. O produto final tem melhorado e com certeza a tecnologia das colhedoras só tende a melhorar.

10) Existe alguma possibilidade dos senhores conseguirem empregar alguma parte dos trabalhadores, que perderão seus empregos, em alguma outra atividade relacionada com a usina? Quais atividades?

Sim. Os antigos cortadores estão sendo treinados e certamente serão aproveitados no setor.

Questionário respondido pelo diretor Danilo Pereira da Silva, presidente do sindicato dos usineiros do oeste paulista.

postado por gabriel ventura

quinta-feira, 22 de abril de 2010

Queimadas

Como disse no meu post anterior, nesse post vou explicar um pouco sobre os problemas das queimadas. As queimadas promovem uma série de problemas, principalmente de ordem ambiental, elas são mais freqüentes em áreas rurais, onde são usadas como uma técnica rudimentar de preparar a terra, quando existe uma área na qual se pretende cultivar, o pequeno produtor queima a vegetação para limpar o local e preparar o solo, a vantagem desse recurso é que ele não requer investimentos financeiros.
Do ponto de vista agrícola, o ato de queimar áreas para o desenvolvimento da agricultura é uma ação totalmente negativa, uma vez que o solo perde nutrientes, além de exterminar todos os microrganismos presentes no mesmo que garante a fertilidade, dessa forma, a fina camada da superfície fica empobrecida e ao decorrer de consecutivos plantios a situação se agrava gradativamente resultando na infertilidade. Além disso, com as queimadas a cobertura vegetal original do solo é destruída, provocando uma grande perda de seres vivos da fauna e da flora, promovendo um profundo desequilíbrio ambiental, às vezes em níveis sem precedentes.
Outra questão que deriva das queimadas é o aquecimento global, pois a prática é a segunda causa do processo, ficando atrás somente da emissão de gases provenientes de veículos automotores movidos a combustíveis fósseis. Isso acontece porque as queimadas produzem dióxido de carbono que atinge a atmosfera agravando o efeito estufa e automaticamente o aquecimento global.
No caso específico do Brasil, as queimadas tem sido responsáveis pela diminuição de importantes domínios brasileiros, principalmente a floresta Amazônica e o Cerrado, duas áreas intensamente exploradas pela agropecuária, o segundo é o mais agredido, pois segundo estimativas restam menos de 20% da vegetação original, pois o restante já foi ocupado por lavouras e pastagens e o primeiro nos últimos anos tem atraído muitos produtores, isso certamente causará grandes impactos em uma das áreas mais importantes do mundo e que deve ser conservada para as próximas gerações.

E com todo esse impacto no meio ambiente, fica evidente que a sociedade também vai sofrer as conseqüências por esse mau uso da terra.


Para quem tiver interesse, esse site mostra o monitoramento das queimadas com atualizações diárias e vários dados interessantes.





Postado por Rafael Amorim

referencia

bom como mais uma vez esqueci de por a referncia junto com o post estou mandando ela nesse outro post!!!! Essa é a referencia de onde eu encontrei o video postado a baixo sobre a mesa de debate entre canavieiros e o presidente!!!

http://www.unica.com.br/

abraço gabriel ventura

Questionário cortadores!!!!

Bom galera alguns dias atras eu postei um questionário para os usineiros para sabermos um pouco mais de sua opinião sobre todas essas mudanças que estão ocorrendo no setor!!! Bom como nosso grupo tem por principio sempre ouvir os dois lados da história tb foi montado um pequeno questionario para os cortadores, amanha teremos um trabahlo de campo em uma usina do interior de são paulo, tentaremos fazer uma entrevista gravada com essas perguntas e se possivel outras, bom é isso espero que tudo corra bem!!!!

gabriel ventura


Questionario

Questões para o canavieiro
1) Qual a relação dos trabalhadores de cana com os usineiros?

2) Como são suas condições de trabalho?

3) Qual o motivo que faz os senhores virem de tão longe, na maioria dos casos, para trabalhar no corte de cana?

4) Foi publicada uma lei para que a queima da palha da cana-de-açúcar seja eliminada. O senhor acha que isso vai beneficiá-lo?

5) As condições de trabalho, após essa lei, ficaram melhores ou piores? Por quê?

6) O senhor acha que essa mudança vai provocar desemprego para os canavieiros?7) Sem a queimada e com a adaptação do corte mecânico, os usineiros estão oferecendo cursos, afim de capacitá-los para algum trabalho dentro da usina? Há interesse por parte dos canavieiros por esses cursos?8) Quais são suas perspectivas de trabalho, agora que o corte de cana manual será praticamente extinto?

Mesa entre governo ferderal e sindicato dos usineiro

Bom galera acredito que seja uma das mais importantes postagens ja feitas no blog. Nesse video fica bem claro que não esta somente pensando no fim da queimadas, mas tb em melhores condiçoes de trabalho para os cortadores. Mas um grande feito de nosso presidente em um momento em que nosso setor energetico cresce e se torna necessário um olhar atento por parte de toda nossa sociedade. É claro que como sempre recebemos aquele "empurrãozinho" hehe, pois um dos ptos que os paises da união europeia pregão contra a entrada do etanol no bloco são, além da emissão de gases do efeito estufa, a péssima condição de trabalho dos cortadores!!!!

fico feliz em ver nosso governo trabalhando!!!! Ha sei que o video tem 16 minutos e é dificil parar pra ver inteiro entao vai um toque, vejam os 3 primeiros minutos da declaração do diretor do sindicato dos usineiros e depois pulem para o minuto 8 que é o pronunciamento do presidente!!!!! Abraço a todos gabriel ventura

terça-feira, 13 de abril de 2010

atenção membros do grupo

Galera do grupo deem uma olhada em seus e-mails o mais rapido possivel, mandei em anexo um arquivo referente a aula de amanha!!!!

abraço gabriel

sexta-feira, 9 de abril de 2010

Lei das queimadas

Uma das sugestões que recebemos na aula, foi para explicar melhor sobre a "Lei das queimadas". Realmente essa parte é bem confusa, pois essa lei estadual foi criada no dia 19 de setembro de 2002, pelo Geraldo Alckmin e sofreu algumas mudanças ao passar dos anos. Aqui está a Lei nº. 11.241/2002. A finalidade da lei e seu regulamento é a eliminação total da queima de canaviais em todo o Estado de São Paulo. Mas, como se julgou inviável fazer isso de uma só vez, a lei estabeleceu alguns prazos, considerando os ciclos de renovação dos canaviais. A lei também separa as áreas mecanizáveis das não mecanizáveis e criou uma tabela para cada uma delas, determinando a sua redução gradativa de modo que a cada cinco anos deixe de ser queimada 20% da área a ser colhida.
A mudança foi que as indústrias de açúcar e álcool do Estado de São Paulo, tiveram, a partir de junho de 2006, novas metas para a eliminação completa das queimadas nos canaviais paulistas, pois a União de Indústrias da Cana de Açúcar (Unica) assinou um protocolo de intenções em que aceita eliminar as queimadas até 2014 nas chamadas “áreas mecanizáveis”, sendo que o prazo previsto na Lei nº. 11.241/2002 era ter o fim das queimadas em 2021. Nas áreas consideradas “não mecanizáveis” também houve uma mudança no prazo, passando a ter o fim das queimadas em 2017, sendo que pela lei em vigor, as usinas e os produtores de cana tinham até 2031 para encerrar as queimadas. A negociação para antecipar os prazos foi tomada com base no crescimento da produção de cana em São Paulo, que hoje já cobre 4,2 milhões de hectares.
Abaixo, uma figura que mostra um pouco a situação com a lei e depois da assinatura do protocolo:
Conforme podem notar, a Lei Estadual no. 11.241/02 já previa uma redução nas queimadas, porém, com a assinatura do protocolo, o benefício com a redução das queimadas serão antecipadas considerávelmente. Este, sem dúvida alguma, é um grande ganho para a sociedade e para o meio ambiente.
Em um próximo post eu pretendo explicar melhor as vantagens que essa lei tem também para a sociedade e para o meio ambiente. Até Mais!!

Postador por: Rafael Amorim

Dúvidas!

A mecanização vai interferir no preço do etanol? E o aproveitamento do bagaço da cana, vai interferir?

Para responder essa pergunta temos que pensar o que regula o preço do etanol.
Como todo mundo ve o preço do etanol oscila. Como qualquer outro produto, o seu preço vai de acordo com as leis do mercado, a oferta e a procura são decisivos no seu preço.
O que influencia no preço também é a produção, como por exemplo no final do ano passado os preços aumentaram, pela baixa produção de etanol.
Enfim, a mecanização não irá interferir no preço do etanol já que a mecanização não muda a produção, a quantidade de cana colhida com máquinas será quase a mesma quantidade colhida manualmente.
O aproveitamento do bagaço de cana não interfere na produção do etanol. O bagaço de cana é utilizado para a geração de energia, então ele poderá interferir no setor de energia elétrica.

Quais atividades podem ser criadas pós mecanização?
O processo de mecanização também emprega muitos trabalhadores.
Para que ocorra a mecanização a terra deve ser preparada e nivelada, o que já emprega muitos trabalhadores.
Motoristas, pessoas encarregadas com manutenção, logistica, transporte também se fazem necessárias.

Mais dúvidas?

Postados por Jaqueline Cardoso

quarta-feira, 7 de abril de 2010

Resposta pergunta da professora hj após nossa apresentação

Professora: Qual é a perspectiva desse novo ramo de atividade das usinas em se tratando de cogeração??? Os trasbalhadores de cana podem ser preparados e aproveitados nessa area?

Resposta: Bom todos nós sabemos que as usinas são auto sustentaveis no setor energético, ou seja produzem sua propria energia de funcionamento através do bagaço de cana(fenomeno chamado de cogeração). Dados coletados nas referencias ja passadas aqui no blog, nus mostra que no final de toda a safra, juntando todas as usinas do estado de são paulo, há uma sobra de cerca de 14 milhões de quilos de bagaço que não são aproveitados. Aliado a esse dado com a proibição das queimadas a palha que outrora era deteriorada agora irá sobrar, e uma nova perspectiva dos usineiros é a de utilizar essa palha tambem na coogeração. Assim juntando todo esse bagaço que sobra mais a palha eles estão pensando em trabalhar com geração de energia eletrica, para em seguida vende-la para cidades vizinhas, empresas e etc. Não sei se todos percebem mas tudo isso se torna uma grande fonte renovavel de energia o que é bom para o ambiente e claro para o setor economico da usina. Entao professora o que posso adiantar de imediato é que esse plano ainda é um processo em desenvolvimento não há nada de muito concreto, os usineiros ainda não sabem se é um processo viavel. Porém pretendo reunir informações inmformações mais detalhadas sobre esse assunto e logo postarei e os informarei na rodada final.




FOTO DO PROCESSO DE COGERAÇÃO UTILIZADO HJ NAS USINAS




FOTO DE UMA PILHA DE BAGAÇO DE UMA UNICA USINA

terça-feira, 6 de abril de 2010

Questionário Mecanização x Trabalhadores

1) Qual a relação dos usineiros com os trabalhadores de cana?

2) Qual a nova percepção dos usineiros depois da lei?

3) Quais são suas perspectivas futuras?

4) Qual o seu ponto de vista com relação à Lei 11241/2002, que dispõe sobre a eliminação da queima da palha da cana de açúcar?

5) Os usineiros, em algum momento, foram ouvidos a respeito da propositura desta lei?

6) Existem pontos na postulação desta lei, que se mudados, aperfeiçoaria o processo de eliminação da queima da palha de cana-de-acúcar?

7) Quais as dificuldades que os senhores têm enfrentado na adequação desta lei, no aspecto prático? As metas quanto à eliminação, previstas na lei, para até esta data, têm sido cumpridas? Com relação aos fatores sociais econômicos, ocorreram mudanças, quais?

8) Quais foram as maiores vantagens e desvantagens dessa lei que inibe as queimadas, o que conseqüentemente acaba com a colheita manual?

9) Quais são as principais diferenças em questão de quantidade na colheita, gastos com limpeza do bagaço e manutenção, e rendimento do produto final quando a cana é colhida ainda verde?

10) Existe alguma possibilidade dos senhores conseguirem empregar alguma parte dos trabalhadores, que perderão seus empregos, em alguma outra atividade relacionada com a usina? Quais atividades?

questionario mecanização x trabalhadoe

Boa noite galera, então é o seguinte eu conseguimos contato com o diretor do sindicato dos usineiros em são paulo. Combinei com ele que montaria um questionario sobre a mecanizaqção do trabalho dos cortadores de cana.
Estou enviando o questionário pra que todos possam dar uma olhada!!!!!

segunda-feira, 5 de abril de 2010

Bom galera essas são algumas fontes utilizadas em termos de pesquisa para a realização de nosso trabalho!

LINKS UTILIZADOS

- http://www.sebraesp.com.br/midiateca/publicacoes/artigos/agronegocios/condominio
- http://www.cna.org.br/Gleba99N/Set01/cana01.htm
- http://www.unica.com.br/
- http://www.anamt.org.br/adm/revista/arq/19.pdf
- http://www.barretos.sp.gov.br/planodiretor/arquivos/lei_Est_11241.pdf - obs: essa é a lei que leva a mecanização da colheita, pois ela proibi as queimadas.

LIVROS UTILIZADOS

- MORAES, Márcia Azanha Ferraz Dias de; SHIKIDA, Pery Francisco Assis (Orgs.). Agroindústria Canavieira no Brasil: evolução, desenvolvimento e desafios. São Paulo: Atlas, 2002. 367 p. Vários autores. ISBN 9788522432530.

-VIAN,Carlos Eduardo de Freitas. Agroindústria canavieira: estratégias competitivas e modernização. Campinas: Átomo, 2003. 216 p. ISBN 9788587585509.

- REINS, Peter. Cane Sugar Engineering, EUA - Flórida. 2003

ARTIGOS UTILIZADOS

- Camargo JM. Tecnifcação da cana-de-açúcar em São Paulo e sazonalidade
de mão de obra [dissertação]. São Paulo: Universidade de São Paulo; 1988.

- Camargo JM. Relações de trabalho na agricultura paulista no período re-
cente [tese]. Campinas: Universidade Estadual de Campinas; 2007.

- gil AC. Como elaborar projetos de pesquisa. São Paulo: Atlas; 2002.

- gonçalves DB. Mar de cana, deserto verde? Dilemas do desenvolvimento
sustentável na produção canavieira paulista [tese]. São Carlos: Universida-
de Federal de São Carlos; 2005.

- Moraes MAFD. Indicadores do mercado de trabalho do sistema agroin-
dustrial da cana-de-açúcar do Brasil no período 1992-2005. Est Econ.
2007;37:875-902.

- Fernandes JE, Angeli R. gestão ambiental, mecanização agrícola e o im-
pacto social para trabalhadores rurais na agroindústria canavieira. Rev
Montagem. 2006;8:136-40.


postado por gabriel ventura

referencias

galera envio agora uma das propostas do governo de são paulo juntamente com o SEBRAE -SP para uma melhor condição de trabalho para os "boias - fria", é claro que isso é não uma solução para o fim do desemprego nesse setor, pois o que está em questão na lei é o fim das queimadas. Porém achei muito interessante a nivel de curiosidade, pelo menos há alguma ação do governo que ja poderia ter sido adotada pelos usineiros para não tornar a colheita um trabalho escravo.

CONDOMINIOS DE EMPREGADORES RURAIS

Condomínio de empregadores rurais é a união, de produtores rurais, com o objetivo de contratação, em nome desse grupo, de empregados rurais, onde é dado, para um desses produtores, poderes para essa contratação e para a administração dessa mão-de-obra rural em nome do grupo. A grande vantagem da formação desse tipo de condomínio está no rateio dos custos com contratação e administração da mão-de-obra rural.

O condomínio de empregadores rurais não é uma pessoa jurídica, ou seja, não é uma sociedade e nem tem CNPJ. Ele é considerado, para fins trabalhistas, um empregador, com a diferença de que, no lugar de apenas um empregador haverá vários para os mesmos empregados.

Como formar o condomínio?

Para que haja a contratação de empregados em nome de vários empregadores, é necessária a elaboração de um contrato entre os produtores rurais, contrato este denominado de “Pacto de Solidariedade” entre tais empregadores rurais.

Através desse contrato, os empregadores rurais tornam-se solidários em relação aos direitos trabalhistas dos empregados contratados, ou seja, cada um deles responderá por todas as dívidas geradas em relação aos empregados.

Os empregados, por sua vez, terão todos os direitos trabalhistas que são garantidos a qualquer empregado rural, sem distinções.

No contrato de pacto de solidariedade deverá ainda ser escolhido o administrador dessa mão-de-obra, também conhecido como “cabeça do grupo”. Ele receberá procuração pública de cada um dos empregadores rurais que fizerem parte do condomínio com poderes para gestão de administração da referida mão-de-obra rural contratada.

O condomínio de empregadores rurais terá uma matrícula única perante o INSS (CEI – coletiva). Já para efeitos do Imposto de Renda, o administrador do condomínio deverá providenciar a contabilidade individualizada para cada produtor, indicando seus gastos com a mão-de-obra que ele utilizou, além de realizar a contabilidade do grupo.

Para mais informações, encontra-se disponível para consulta e download a cartilha Condomínio de Empregadores no site do Ministério do Trabalho e Emprego.

postado por gabriel ventura

A MECANIZAÇÃO DA COLHEITA DA CANA-DE-AÇÚCAR

A MECANIZAÇÃO DA COLHEITA DA CANA-DE-AÇÚCAR

O segmento canavieiro tem sido marcado, atualmente, por um cenário de crescimento e transformação. Uma das principais mudanças ocorridas é a mecanização como opção para a colheita da cana. Essa condição, somada à forte pressão mercadológica dos fabricantes de colhedoras, tem promovido o crescimento da colheita mecânica, principalmente
no Estado de São Paulo. Os principais fatores que impulsionaram a mecanização da cana no Estado de São Paulo foram os problemas causados pelo fogo sobre o meio ambiente, a insatisfação popular e a consequente proliferação de ações judiciais contra a prática da queimada nas regiões produtoras. Esses fatores, associados à crescente pressão social e aos conflitos políticos, fizeram com que o governo do Estado de São Paulo regulamentasse a prática na lavoura canavieira, estabelecendo um cronograma para a total eliminação das queimadas. Após várias negociações entre os principais envolvidos, foi aprovado o Decreto Estadual nº 47.700/2003, que regulamentou a Lei nº 11.241/2002, denominada “Lei das queimadas”7. Antes mesmo da implantação dessa lei, a mecanização da colheita da cana já vinha sendo realizada em várias regiões do Estado de São Paulo.

Na safra de 2005/2006, verificou-se percentual de mecanização maior do que o estipulado. No primeiro ano, previa-se 20% de redução de queima nas áreas mecanizáveis, entretanto houve prática de 30%8. A mecanização do corte da cana-de-açúcar não é uma atividade recente. No Brasil, a primeira experimentação ocorreu em 1956 com equipamento totalmente importado. Em São Paulo, iniciou em 1973, com a utilização de tecnologia importada e de fabricação nacional. O processo de mecanização no cultivo da cana
tornou-se mais acentuado com a implantação do Pró-Álcool. O carregamento mecanizado da cana cortada modificou o cenário rural de tal forma que houve redução de, aproximadamente, 16 trabalhadores em cada caminhão que os transportava do campo até a usina. Em países como Austrália e Cuba, a mecanização do corte da cana-de-açúcar já chega a quase 100% das lavouras. Na Austrália, em 1971, a colheita mecâni-
ca já girava em torno de 98% de sua produção12. No Brasil, a mecanização é possível em 50% das áreas do Nordeste e em 80% das demais áreas de produção de cana. Nesse cenário, configura-se redução de 52% a 64% de todos os postos de trabalho gerados na produção da cana13. No Estado de São Paulo, a mecanização do corte da cana-de-açúcar está em estágio avançado e tem gerado discussões polêmicas entre os diferentes grupos sociais envolvidos com a problemática da alteração nas relações de emprego. A inovação mecânica trouxe quatro tipos de repercussões imediatas e mutuamente relacionadas: primeiro, a redução do tempo de execução de determinadas tarefas; segundo, a diminuição da mão de obra empregada na realização das tarefas, em virtude do uso de máquinas; terceiro, a redução da necessidade de mão de obra residente na propriedade; quarto, a introdução de mudança qualitativa na demanda por trabalhadores, ao utilizar, de um lado, trabalhadores com maior grau de especialização (tratoristas, mo-toristas e operadores de máquinas agrícolas) e, do outro, trabalhadores sem especialização. A colheita mecanizada é uma realidade cujos reflexos imediatos se traduzem em impactos no mercado de trabalho. Esse aspecto tem sido ressaltado na literatura, principalmente com ênfase no desemprego que pode ser gerado. Brutamente eliminados, sem tempo para absorção dessa mão de obra por outros setores da economia regional.


O DESEMPREGO

Diante da expansão tecnológica, a mecanização total da colheita da cana-de-açúcar parece ser caminho sem volta, tendo em vista as suas vantagens econômicas e ambientais. Segundo Ramos, dentro de poucos anos a agroindústria canavieira do Brasil apresentará nível de ocupação de mão de obra bem menor do que o atual, considerando-se o significativo processo de expansão pelo qual ela está passando, principalmente no Estado de São Paulo. Ao longo do período entre 1992 e 2003, especificamente para a cana-de-açúcar, houve redução no número de empregos totais de 33%. Em 1992 havia 674 mil empregos e, em 2003, 450 mil.
Além dos fatores econômicos e ambientais (com a antecipação da proibição da queima no Estado de São Paulo), outro fator sinaliza a redução da colheita manual com consequente redução e mudança de perfil do empregado agrícola: o efetivo cumprimento das normas regulamentadoras do mercado de trabalho agrícola no Brasil, por exemplo, da Norma Regulamentadora 31 (NR 31), que trata da “Segurança e Saúde no Trabalho na Agricultura, Pecuária, Silvicultura, Exploração Florestal e Aquicultura”. Segundo estimativas da União da Agroindústria do Açúcar (Unica), haverá redução de aproximadamente 114 mil empregados na lavoura canavieira até a safra de 2020/2021.
Um fato é certo: a mecanização reduz a demanda por trabalhadores, principalmente por aqueles de baixa qualificação (grande parte dos trabalhadores da lavoura canavieira tem poucos anos de estudo), expulsando-os da atividade. Esse fato implica a necessidade de qualificação e treinamento dessa mão de obra para que ela esteja apta a realizar atividades
que exijam maior qualificação. Outro ponto a ser destacado é que com a colheita mecanizada os trabalhadores são impelidos a trabalhar de modo mais intenso, em razão da ansiedade relacionada à manutenção do emprego na próxima safra. E, ainda, os patamares de remuneração salarial são pressionados e as ações dos sindicatos representantes da categoria, fragmentadas. A ameaça do desemprego também conduz à aceitação de condições precárias de trabalho por parte dos cortadores, como instabilidade na jornada de trabalho, falta ou inadequação de equipamento de proteção individual (EPI), alimentação de má qualidade e insuficiente, transporte inseguro e sujeito a acidentes, entre outros. Esses fatores, somados à exposição, à fuligem e ao pó, ao risco de intoxicação por agrotóxicos e ao desenvolvimento de doenças oriundas de atividades pesadas e repetitivas, certamente reduzem a expectativa de vida do trabalhador.

quarta-feira, 31 de março de 2010

Cortadores de cana se dedicam aos estudos no Pontal do Paranapanema - GR

Essa é uma reportagem que passou no Globo Rural, mostrando que os agricultores estão buscando aprender novas funções para escapar do desemprego, o que pode acontecer com a crescente mecanização das lavouras de cana-de-açúcar da região.

http://www.youtube.com/watch?v=8WVPj2m3sOM

Postado por: Rafael Amorim

Apesar da mecanização, usinas de cana contratam.

"Ao mesmo tempo que emprega mais máquinas, a indústria canavieira também está empregando mais gente. Mesmo com o aumento da mecanização, que já chegou a 50% das lavouras, o número de trabalhadores rurais vinculados ao setor sucroalcooleiro cresceu 39% no período de 2003 a 2008, segundo pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP).

A expectativa era de que a mecanização produzisse demissões em massa, já que cada colheitadeira substitui o trabalho de 80 cortadores. Mas isso ainda não ocorreu, segundo a economista Márcia Azanha de Moraes, da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq), responsável pelo estudo.

As razões para tal contradição, segundo ela, ainda carecem de um estudo mais aprofundado. Mas a suspeita mais óbvia é que o crescimento do setor nesse período foi tão grande que acabou compensando a perda de mão de obra na lavoura.

A cana é a planta que mais gera empregos na agricultura brasileira: cerca de 1,2 milhão, pelos dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), compilados por Márcia. Em 2008, segundo ela, havia 629 mil pessoas trabalhando com a lavoura de cana - mais do que com café (479 mil) e quase o mesmo que soja, milho, arroz, citros e mandioca, juntos (633 mil).

Outras 567 mil pessoas trabalham no ramo industrial da cana, ligados ao refino de açúcar e álcool. Se forem considerados apenas os empregos formais ligados à produção de bioetanol, esse número é de 465 mil trabalhadores - seis vezes mais do que emprega a indústria do petróleo (73 mil), segundo a pesquisadora. "


Fonte: O Estado de S. Paulo
Segunda-feira, Março 29, 2010

Postado por Rafael Amorim

sexta-feira, 26 de março de 2010

Mais empregos com o etanol

26/3/2010

Por Fábio Reynol

Agência FAPESP – O aumento da produção do etanol em 15% para atender a demanda pelo combustível deverá gerar cerca de 170 mil postos de trabalho em toda a cadeia produtiva. A outra boa notícia é que a qualificação desses postos de trabalho também tem aumentado.

A análise, a partir de estudo coordenado por Márcia Azanha Ferraz Dias de Moraes, professora da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz da Universidade de São Paulo (Esalq-USP), foi apresentada na Convenção Latino-Americana do Projeto Global Sustainable Bioenergy (GSB), realizada esta semana na sede da FAPESP.

A cana-de-açúcar é a cultura que mais emprega no Brasil, sendo responsável atualmente por 629 mil postos de trabalho, o que equivale a mais de um quinto da mão de obra empregada na agricultura do país, segundo Márcia, que é ligada ao Departamento de Economia, Administração e Sociologia da Esalq.

Mesmo com a mecanização da lavoura, o número de postos de trabalho aumentou no período de 1981 a 2008, especialmente por conta da expansão do setor a fim de abastecer o mercado de combustíveis, apontou o estudo. Atualmente, cerca de metade da produção agrícola é mecanizada enquanto o restante permanece com técnicas manuais.

“A mecanização tende a aumentar graças à agenda de proibição da queima da cana para a colheita, prevista em lei”, disse a pesquisadora, referindo-se à Lei n° 11.241 do Estado de São Paulo, que determina a redução gradual da queima até a sua extinção total no ano de 2031.

O aumento da mecanização levará a perdas de postos de trabalho, segundo cálculos da pesquisa. Eles apontam o desaparecimento de oito vagas, em média, para cada máquina adquirida. “A mecanização pode significar o corte de 50 mil a 100 mil postos de trabalho”, disse Márcia.

Mesmo assim, o aumento da produção de etanol deve suplantar essas perdas, gerando 170 mil postos de trabalho nos próximos anos, o que equivaleria a um aumento de R$ 236 milhões na economia.

O estudo também comparou os impactos sociais com os da indústria do petróleo, que empregava 73 mil trabalhadores no ano de 2007. “É um número seis vezes menor do que os empregados da cana-de-açúcar, que eram 465 mil naquele ano”, disse.

Além de mais numerosos, os empregos gerados pela cana são mais bem distribuídos pelo país em comparação aos do petróleo. Enquanto a produção petrolífera se concentra em uma parte da faixa litorânea, a indústria da cana está espalhada por vários Estados brasileiros, o que ajuda a estender os benefícios econômicos e sociais a mais lugares.

A desigualdade entre as regiões, no entanto, perdura dentro do próprio setor sucroalcooleiro. Enquanto no Estado de São Paulo o trabalhador recebe em média US$ 456 por mês (o equivalente a R$ 820), no Nordeste a média salarial fica em torno de US$ 349 (R$ 630). Em todo caso, o setor paga, em média, 51% a mais do que o salário mínimo nacional.

A diferença no tempo de escolaridade também é latente no setor e considerada baixa em todo o país. Os empregados com maior tempo de estudo atuam em São Paulo e possuem em média 5,4 anos de estudo. No Nordeste, a média cai para 3,1 anos.

“O setor também concentra um grande número de empregados analfabetos, totalizando 24% de toda a mão de obra, uma multidão de 120 mil trabalhadores”, ressaltou Márcia.

Treinamento e ensino

Mas a pesquisa também levantou que a qualificação do trabalhador e a qualidade do emprego do setor têm aumentado. A cana-de-açúcar possui 81% de seus trabalhadores formalmente contratados, uma exceção no setor agrícola nacional, que tem apenas 40% de sua mão de obra com carteira de trabalho assinada.

“Isso significa que eles estão protegidos pela legislação e gozam de direitos como férias remuneradas, seguro social e fundo de garantia”, apontou a professora da Esalq.

O trabalho infantil no setor também foi praticamente erradicado desde 1981, segundo o estudo. Naquele ano, 15,3% dos trabalhadores da cultura de cana-de-açúcar tinham entre 10 e 15 anos de idade. Em 2008, os menores de idade eram 0,09%. “Isso se deve a políticas governamentais de incentivo, a uma fiscalização mais acirrada e a uma pressão do próprio mercado”, disse Márcia.

A necessidade de aumento na qualificação, no entanto, permanece. A pesquisadora citou o esforço da União Nacional da Indústria da Cana-de-Açúcar (Unica), que recentemente promoveu o treinamento de 7 mil trabalhadores a fim de que se qualificassem para operar máquinas agrícolas.

Segundo Márcia, a baixa escolaridade ainda presente pode significar um gargalo importante na expansão do setor e, para contorná-lo, serão necessárias tanto estratégias da iniciativa privada como políticas públicas específicas.


Postado por: Jaqueline Cardoso

quarta-feira, 24 de março de 2010

Compromisso Nacional

Em uma entrevista para a revista brasileira de Bioenergia, Marcps Jank,presidente da UNICA ( União das Indústrias de Cana-de-Açúcar)umas das instituições mais importantes do setor brasileiro, respondeu a seguinte pergunta.

O que é o Compromisso Nacional para Apeifeiçoar as Condições de Trabalho na Cana-de-Açúcar assinado recentemente?

"O compromisso foi uma realização histórica, pelas própria forma final do processo iniciado a pedido do presidente Lula. Não há outro exemplo no Brasil em que empresas, trabalhadores e o governo se reuniram e desenvolveram cerca de trintas práticas com que todos concordam, todos assinam embaixo. Trata-se de um ineditismo raro e muito positivo. O que o comprimisso faz é valorizar as nelhores práticas trabalhistas já existentes no setor sucroenergético brasileiro, transformando-as em patamares a ser atingidos por todos. São patamares de desempenho empresarial que vão além do que determina a lei, efetivamente nivelando por cimas as práticas do setor como um todo. A adesão chegou a algo como 80% de todas as empresas do setor sucroenergético do País, o que mostra que o compromisso é real e vai além do nome dado a esse documento. Ficamos muito orgulhosos por participar do processo que gerou esse documento, um processo consuzido pelo ministro Luiz Dulci (Chefe da Secretaria-geral da Presidência da República) com grande habilidae e sensibilidade e que, por isso mesmo, gerou um produto final muito positivo e cosntrutivo".


Postado por: Jaqueline Cardoso

Cortadores de cana iniciam requalificação profissional no centro-oeste paulista

Trabalhadores rurais que atuam no corte manual da cana-de-açúcar na região de Lençóis Paulista e Bauru iniciaram, nesta segunda-feira (22/03), a primeira etapa do curso para se tornarem mecânicos de máquinas colhedoras de cana. As aulas, que integram o Projeto Renovação, a maior iniciativa de requalificação de trabalhadores da cana já realizada pelo setor sucroenergético brasileiro, terão duração de um mês e serão ministradas nas dependências do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) de Lençóis Paulista.

O objetivo do Renovação é treinar e requalificar até sete mil trabalhadores por ano, tanto os que atuam em operações manuais de cana de açúcar quanto integrantes das comunidades onde estão as usinas. Todos serão treinados para atividades dentro das usinas ou em outros setores da economia onde haja demanda. A iniciativa foi desenvolvida pela UNICA em parceria com a Federação dos Empregados Rurais Assalariados do Estado de São Paulo (Feraesp), com apoio do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e patrocínio das empresas Syngenta, Case IH e John Deere.

Para a assessora de responsabilidade social corporativa da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (UNICA), Maria Luiza Barbosa, o Renovação é de fundamental importância para o crescimento da indústria da cana: “A relevância cresce muito em função das novas perspectivas de produção da cana, que englobam questões ambientais e de inovação tecnológica, como é o caso da mecanização da colheita,” observou.

Cerca de 40 trabalhadores ligados à usina São Manoel e a cinco unidades do Grupo Cosan, empresas associadas à UNICA, participaram do evento de lançamento, realizado na sede do Senai em Lençóis Paulista. No Estado de São Paulo, onde mais de metade da colheita da cana já é feita com máquinas, existem atualmente cerca de 140 mil cortadores manuais de cana. A atividade canavieira é um dos setores que mais geram empregos diretos no Brasil, somando cerca de 840 mil vagas em todo o país.

O cronograma completo dos cursos que fazem parte da agenda do Projeto para a região de Lençóis Paulista e Bauru terá duração total de quatro meses. Em abril, serão oferecidas vagas para a qualificação de mecânico de trator. Em junho, outras turmas farão cursos de eletricista de trator e soldador. No mês seguinte, os trabalhadores terão a oportunidade de aprender a profissão de eletricista de colhedora.


UNICA- União da Indústria de Cana-de-açúcar
23/03/10

sexta-feira, 19 de março de 2010

Cortadores de cana ganham medidas para melhorar condições de trabalho

Em entrevista realizada, no dia 17 de julho de 2009, nos estúdios da EBC Serviços, o ministro-chefe da Secretaria Geral da Presidência da República, Luiz Dulci, falou sobre o compromisso nacional para aperfeiçoar o trabalho na cana-de-açúcar, firmado entre Governo, empresários e trabalhadores.

Leia abaixo os principais trechos.

Condições de trabalho

Negociamos durante 11 meses. O presidente Lula resolveu constituir esta mesa em junho do ano passado. É algo inédito. Na história das relações trabalhistas brasileiras nunca houve uma negociação entre empresários, trabalhadores e Governo, de caráter nacional e válida para o conjunto de um setor econômico, que neste caso é chamado de sucroalcooleiro.

São 18 compromissos. Quase todos acima do que a lei já prevê. Já existem órgãos encarregados de fiscalizar o cumprimento da lei pelos empresários. Então, por exemplo, vai acabar a terceirização de mão-de-obra. Aquele chamado gato, uma pessoa que contratava os trabalhadores e levava para trabalhar nas empresas.

Agora, as empresas vão contratar diretamente, com carteira assinada, com todos os direitos. Ou, então, as empresas contratarão através do Sine (Sistema Público de Emprego). A medição do que o trabalhador produzir por dia, a medição obrigatoriamente será feita na frente dele.

Havia muita desconfiança do trabalhador. Cortava-se a cana e depois ia para outro lugar medir, sem que ele soubesse. Agora não. O preço a ser pago por aquilo que for produzido também será combinado antes.

As empresas vão fornecer hidratação gratuita. Um trabalho que é feito ao ar livre, no sol, é muito penoso. Não estava previsto na lei. As empresas também vão fornecer soro gratuito, todo dia.

Outra coisa importantíssima é a pausa, não só a do almoço. Haverá intervalo de manhã, no meio da jornada, e à tarde.

Equipamentos de proteção

Os trabalhadores vão receber gratuitamente equipamentos de proteção individual. O transporte, antes feito em caminhões, levando os chamados bóias-frias, terá que ser realizado em condições adequadas, fiscalizadas pelos órgãos do Governo.

Haverá tempo para fazer ginástica laboral, uma vez que o trabalho no corte de cana é tão penoso que pode até trazer problemas musculares. Tudo isso pago e garantido pelas empresas.

Trabalho infantil, escravo ou degradante

Felizmente, no setor sucroalcooleiro o trabalho infantil não existe mais. Ele é residual.

No último período, há aproximadamente um ano, não foi encontrada pela fiscalização do Ministério do Trabalho, ou do próprio Ministério Público do Trabalho, nenhum caso de trabalho infantil no setor.

A maioria das empresas nunca teve problemas de trabalho escravo. Mas outras, sim. E a repercussão que dá é como se todo o setor tivesse esse tipo de problema. Então, ele precisa ser eliminado. E não é só por causa da imagem da nossa produção no exterior.
Não havendo nenhum caso de trabalho escravo no setor, ninguém poderá fazer propaganda negativa contra nossos produtos.

Requalificação dos trabalhadores

De fato, com o avanço da mecanização, a previsão é de que muitos trabalhadores nesse setor venha a perder seu emprego. Por exemplo, cada máquina colheitadeira que é adotada por uma empresa gera a perda de emprego de 80 trabalhadores.

Mas nesse momento da vida brasileira, como tem havido muita expansão da produção de etanol, não há desemprego. Ao contrário, há expansão. Eram 450 mil, passaram para 500 mil nesse último período.

A previsão é que haverá perda e já estamos nos preparando pra isso.

Tanto o Governo quanto as empresas pretendem requalificar os trabalhadores. Parte deles será aproveitada na própria indústria suco-alcooleira como operador de trator, mecânico, eletricista etc.

O pessoal que não conseguir ficar no setor, daremos qualificação profissional para que possam ser reaproveitados em outros setores, agrícola ou industrial. Trabalhar com reflorestamento, com horticultura, ou também na construção civil, no artesanato etc.

Vinte e cinco por cento desses trabalhadores continuarão nas próprias usinas em outras funções. Outros terão que ser reaproveitados no meio rural ou urbano. Parte será aproveitada via Governo para apoiar a agricultura familiar.

Mas nem todos os trabalhadores que perderem o emprego no setor poderão ser aproveitados na própria área agrícola. Alguns preferem ir para as cidades.

Temos que oferecer também profissões urbanas pra eles, para que possam aproveitar essa criação de empregos que o Brasil tem realizado no ultimo período.

Aumento para aposentados e pensionistas

Estamos conversando com as centrais sindicais, com as entidades representativas dos aposentados, em especial a Cobap, que é a maior organização de defesa dos direitos dos aposentados no País.

Também com o Congresso Nacional, porque os projetos estão tramitando lá.

Nosso objetivo é estabelecer um acordo de tal maneira que possa haver uma mudança no chamado fator previdenciário, para beneficiar trabalhadores que ainda irão se aposentar.

Garanto que ainda não tem percentual decidido.

Em janeiro do ano que vem, junto com o reajuste do salário mínimo, que é outro benefício que os trabalhadores brasileiros conquistaram, mesmo aqueles aposentados que não ganham o salário mínimo, que ganham acima do salário mínimo, terão algum tipo de reajuste real acima da inflação, superior à inflação.

Durante o Governo do presidente Lula negociamos com as centrais sindicais e não só demos aumento real todos os anos - o salário mínimo nesses anos já teve um reajuste de 60% acima da inflação - mas também fomos recuando ano a ano.

Era maio, passou para abril, depois para março, fevereiro, e no próximo ano o reajuste do mínimo já será em janeiro. Isso faz parte da nossa negociação. Mas o acordo será fechado em agosto.

Fonte: Em Questão

Postado por: Gustavo Romera Céspedes

TRABALHO NO CORTE DE CANA TEM DIAS CONTADOS, DIZ ESTUDO

Em SP, acerto entre usineiros e governo prevê fim das atividades em dez anos.
A profissão do bóia-fria da cana-de-açúcar está com os dias contados no Brasil. É o que aponta estudo da Esalq/USP, que mediu os efeitos da mecanização das lavouras. Segundo a pesquisa, houve queda de 20,9% no número total de trabalhadores rurais no setor entre 1981 e 2004, que passou de 625 mil para 494 mil. Em contraste com essa queda, houve aumento de 166,3% na produção de cana no período -de 156 milhões de toneladas para 415 milhões de toneladas.
A mecanização vem aumentando ano a ano, segundo o estudo, por ao menos três razões: econômica, legal e social. Além do uso de máquinas otimizar a produção e substituir o pagamento de mão-de-obra -uma colheitadeira substitui o trabalho de cem cortadores de cana-, foram criadas leis para extinguir a colheita manual.
Segundo a economista Márcia Azanha Ferraz Dias de Moraes, da Esalq/USP e autora do estudo, o setor sucroalcooleiro tem absorvido cortadores de cana em algumas funções dentro da cadeia, como tratorista ou operador de caldeira de usina, mas a grande massa de trabalhadores -muitos analfabetos- ficará desempregada.
Em 2005, dos 519 mil trabalhadores da cana, 150 mil eram analfabetos -o Estado de São Paulo tinha 30 mil. "Claro que a mecanização vai desempregar e atingir justamente essas pessoas que não têm escolarização e não conseguirão ser absorvidas por outras formas de trabalho. São necessárias políticas públicas para começar a absorver essas pessoas, mas até agora nada está sendo feito conjuntamente", disse Azanha.
A pesquisa fez o levantamento da evolução do número de empregados baseado em dados da Rais (Relação Anual de Informações Sociais) e da Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios).
CAMINHO SEM VOLTA
Ao menos no Estado de São Paulo já existe uma data para o fim da profissão de cortador de cana: 2017. É o prazo final firmado entre usineiros e a Secretaria de Estado do Meio Ambiente, em protocolo assinado em maio deste ano, antecipando o limite de 2031 que havia sido imposto por lei estadual criada para eliminar gradativamente as queimadas de cana -as queimadas, feitas geralmente à noite, são necessárias para viabilizar o corte manual.
Outro fator é que nos últimos anos aumentou a cobrança pelo cumprimento das normas trabalhistas no campo, principalmente após a morte de 21 bóias-frias, desde 2004, supostamente por excesso de esforço no trabalho.
Neste ano, por exemplo, uma força-tarefa formada por Procuradoria do Trabalho e Subdelegacia do Trabalho, com apoio da Polícia Civil, fez várias blitze em canaviais e alojamentos de bóias-frias no Estado em busca de irregularidades trabalhistas, como a falta de registro, a não-utilização de equipamentos de proteção, jornada irregular e alojamentos precários.
Segundo a Unica (reúne as indústrias sucroalcooleiras), de 42% a 45% da produção de cana no Estado de São Paulo já é colhida por máquinas, índice acima do nacional -entre 35% e 37%. "A mecanização é uma trilha sem volta, e as usinas vão buscar capital para se desenvolver", disse Sérgio Prado, diretor da Unica na região de Ribeirão Preto -uma colheitadeira custa cerca de R$ 800 mil.
As novas usinas, por exemplo, já não contam mais com a figura do cortador de cana, disse Prado. Segundo ele, o papel de inserir os trabalhadores em outras áreas quando a função de cortador for extinta deve ser assumida em conjunto por empresas, sociedade e governo.
A massa de trabalhador sem formação é também migrante, principalmente da região Nordeste e do Vale do Jequitinhonha (MG). Muitas vezes eles embarcam para as zonas canavieiras atraídos apenas por comentários dos vizinhos sobre os ganhos no corte da cana.
"Só tem vindo gente nova. Cortador com mais de cinco anos de safra não chega mais", diz a irmã Inês Facioli, da Pastoral do Migrante. Segundo ela, os cortadores mais experientes não suportam mais a carga de trabalho. Neste ano, o campo tem assistido a um fenômeno revelador dos novos tempos: em plena safra, migrantes estão voltando para suas cidades por terem sido dispensados ou não encontrarem trabalho nas usinas (Folha de S.Paulo, 11/9/07)


postado por: Gustavo Romera Céspedes

De 1971 a 2004, cerca de 670 mil postos de trabalho foram eliminados nas áreas rurais do Estado de São Paulo.

De 1971 a 2004, cerca de 670 mil postos de trabalho foram eliminados nas áreas rurais do Estado de São Paulo devido, principalmente, à progressiva mecanização da agricultura paulista. O número de trabalhadores no período caiu de 1,723 milhão para 1,050 milhão.



Os dados estão na tese de doutorado de José Marangoni Camargo, professor de economia na Faculdade de Filosofia e Ciências da Universidade Estadual Paulista (Unesp), em Marília (SP). O trabalho, apresentado no Instituto de Economia da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), teve como base indicadores do Instituto de Economia Agrícola, vinculado à Secretaria de Agricultura e Abastecimento.
Intitulado Relações de trabalho na agricultura paulista no período recente, o estudo destaca que o nível de emprego direto gerado pela agricultura depende de quatro fatores: área cultivada, composição das culturas, desempenho da safra e estágio tecnológico dos empreendimentos. Segundo Camargo, a área plantada ficou praticamente estagnada no Estado entre 1971 e 2004, em torno de 6 milhões de hectares.
- O desaparecimento de 670 mil postos de trabalho nesse período pode ser explicado pelas mudanças nos processos técnico-produtivos e pelo avanço das inovações tecnológicas. Modificações na composição da agricultura para culturas como a cana-de-açúcar, que demandam tecnologias mais avançadas, também foram determinantes para o desemprego - disse o professor.
A categoria mais afetada pela mecanização são os trabalhadores temporários, também conhecidos como volantes ou bóias-frias. A tese indica que, devido à modernização dos métodos de produção, foram nos anos 1990 que ocorreram as mudanças mais significativas na ocupação agrícola paulista.
Segundo Camargo, em 2004 a cana-de-açúcar ocupava 48% de toda a área com culturas no stado, enquanto em 1990 esse índice era de 33%.
- Uma colheitadeira chega a substituir o trabalho manual de até cem indivíduos e, como a mecanização da colheita da cana também acompanhou a evolução da área plantada, qualquer modificação nesse setor tem impacto direto na força de trabalho - disse.
De acordo com o economista, de 2000 a 2004 a cana impulsionou o aumento de 6 milhões para cerca de 7 milhões de hectares plantados com culturas agrícolas em São Paulo. Atualmente, o setor sucroalcooleiro, o que mais sofreu transformações no emprego, ocupa mais de 50% da área cultivada por ter se expandido para outras regiões, como pastagens, além de substituir culturas tradicionais como a laranja.
- Hoje a cana-de-açúcar emprega em torno de 230 mil trabalhadores, o que representa cerca de 20% do total ocupado na agricultura paulista. Em 2007 tivemos quase 4 milhões de hectares plantados com cana, sendo que 45% da sua colheita já é mecanizada. Nos anos 1990 esse índice de mecanização não chegava a 30% - comparou.
Por outro lado, segundo o pesquisador, é possível dizer que hoje o número de trabalhadores empregados com a colheita da cana permanece estável porque, ao mesmo tempo em que a mecanização da colheita cresce, o plantio da cultura também avança em áreas com baixa ocupação de mão-de-obra, em especial na região oeste do Estado.
Camargo aponta ainda que, mesmo que praticamente todas as regiões do Estado tenham registrado redução do nível de emprego no campo de 1971 a 2004, as baixas nos empregos agrícolas não foram iguais.
- Nas cidades onde predominam a pecuária e a monocultura, como por exemplo em Presidente Prudente e Araçatuba, o desemprego foi mais acentuado do que nas regiões onde as culturas são diversificadas - afirmou.

Fonte: Agência Fapesp

Postado por: Cássio Ayres.

quarta-feira, 17 de março de 2010

Concorrência com a mecanização

" No Pontal do Paranapanema, oeste de São Paulo, os cortadores de cana estão se dedicando aos estudos. Eles buscam aprender novas funções para escapar do desemprego que deve chegar com a mecanização das lavouras.

Aos 47 anos, o trabalhador rural Francisco Oliveira sabe que no canavial moderno não há espaço para o bóia-fria. "Quanto mais máquinas vai acabando nossa profissão de cortador de cana", disse.

A expansão do setor sucroalcooleiro no oeste do Estado de São Paulo começou no final da década de 90. Para ocupar enormes áreas com cana de açúcar, trabalhadores rurais vieram de várias regiões do país. Hoje, o trabalho abundante está desaparecendo.

Uma pesquisa da Universidade Estadual Paulista revela que entre 2007 e 2009 vinte e três mil cortadores de cana perderam o emprego em todo o Estado de São Paulo.

No final da tarde o facão parece mais pesado. O corpo da sinais de que chegou a hora de parar. "Eu gostaria de sair daqui porque é sofrido esse trabalho", falou a trabalhadora rural Aparecida dos Santos.

Foi na lida nos canaviais que Aparecida encontrou energia para, sozinha, criar dois filhos e construir a casa onde mora. "Se eu pudesse voltar atrás eu teria estudado. Eu não estudei. Então, eu hoje estou tentando ser alguém na vida. Se Deus quiser ainda vou conseguir ser", falou.

É na sala de aula que os trabalhadores voltam a se encontrar. Muitos não concluíram o ensino fundamental. Além de qualificar para o mercado de trabalho, a educação começa a transformar a vida dessas pessoas.

A escolaridade média dos trabalhadores da cana é de 3,7 anos. Os cursos profissionalizantes são uma parceria de uma usina e do Sindicato dos Trabalhadores Rurais. Para frequentá-los é preciso apenas saber ler e escrever. Setenta por cento das vagas são para quem já trabalha no setor. O restante é para quem está desempregado.

"Estamos buscando a profissionalização desse pessoal para que eles tenham uma melhor qualidade de vida e que possam migrar para uma mão de obra mais qualificada", explicou Adilson Segato, gerente de usina.

Indo ao encontro a novas oportunidades, mulheres buscam lugares antes ocupados apenas por homens. "Eu pretendo fazer esse curso porque é uma vontade que eu tenho de dirigir uma máquina e é uma oportunidade pra gente que quer trabalhar", falou Aparecida da Conceição, trabalhadora rural desempregada.

Nos últimos dois anos, surgiram 3,7 mil vagas de operadores de máquinas. Existem no país, novecentos mil cortadores de cana. A estimativa do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social é que até 2014 sessenta mil trabalhadores rurais percam o emprego somente no Estado de São Paulo.

Para o Sindicato Rural, mesmo com a capacitação, é impossível o mercado de trabalho absorver tantos profissionais. "Aqui está tendo curso de soldador, de operador de caldeira e vários outros cursos fora do setor sucroalcooleiro. Somente aprender a operar máquinas agrícolas não vai preencher essa lacuna que é automatização do setor sucroalcooleiro, que está causando o desemprego", falou Elmo Silveiro Lesio, presidente do Sindicato dos Cortadores de Cana.

Cristiano Silva começou no corte da cana aos 13 anos de idade. O desgaste precoce foi recompensado. Hoje, é ele quem coordena o processo de mecanização de uma usina de álcool. "A oportunidade está aí para a pessoa crescer. Basta ela se aperfeiçoar que consegue chegar lá", disse. "

Fonte: Globo Rural - Rede Globo
http://www.biocana.com.br/capa/lenoticia.asp?ID=10496

Postado por: Rafael Amorim

Dilma fala sobre mão-de-obra no setor sucroalcooleiro

Essa é uma parte do discurso de Dilma Rousseff, Ministra Chefe da Casa Civil, em visita à Feicana/FeiBio 2010 na última quarta-feira (10).

"A capacitação de mão-de-obra no setor sucroalcooleiro também foi citada por Dilma. "No setor vai haver um aumento da mecanização, que vai acarretar na liberação da mão-de-obra qualificada que por sua vez vai produzir os equipamentos para suprir a própria mecanização do nosso etanol".

Dilma finalizou a questão da capacitação de mão-de-obra dizendo que a região de Araçatuba é privilegiada. "Esse é o momento de todos vocês, principalmente numa região como esta que tem todas as oportunidades. Oportunidade é algo que a gente também constrói, mas oportunidade é, principalmente, algo que a gente aproveita quando nos preparamos para aproveitar. Essas duas palavras, transformação e esperança, sintetizam isso. Sabemos que o país está transformando, mas temos que dar a nossa energia que é a esperança de transformar cada vez mais esse país", finalizou."

A notícia completa está no site: http://www.udop.com.br/index.php?item=noticias&cod=1065002

Postado por: Rafael Amorim

terça-feira, 16 de março de 2010

Boa noite!
O Gabriel, novo integrante do grupo, me enviou algum material que eu só tive tempo de sentar e postar agora, me desculpem! O primeiro arquivo é a Lei da mecanização completa e detalhada, o outro arquivo são slides de uma aula com informações muito significativas sobre o assunto.

Lei de mecanização


Aula

Por agora é isso.

Postado por Thais Mileni

Lula defende fim de barreiras ao álcool em ato pró-trabalhadores da cana

MARCELA CAMPOS
Colaboração para a a Folha Online, em Brasília


O presidente Luiz Inácio Lula da Silva elogiou, nesta quinta-feira (25), em cerimônia no Palácio do Buriti, a iniciativa dos usineiros para aprovar acordo que deve melhorar as condições de trabalho dos cortadores de cana-de-açúcar.

Mais uma vez, Lula defendeu a extinção das barreiras ao comércio de produtos derivados da cana no exterior, como álcool e açúcar. "[Os europeus falam:] 'Ah, mas lá [no Brasil] a cana tem trabalho escravo. Se essa moda pega, você vai chegar na Europa para vender e eles vão falar 'não"... Queremos que prevaleça a lei do livre-comércio."

Segundo o presidente, antes os usineiros "eram tratados como os evangélicos: todo mundo quer o voto, mas depois tem vergonha de dizer que recebeu apoio. O setor era tratado como a coisa nefasta do setor empresarial brasileiro", disse Lula.

"Já fui criticado por apoiar os usineiros. (...) A verdade é que o tempo se encarrega de fazer a mudança para todos os lados. E eu virei garoto-propaganda do álcool no mundo, coisa que jamais imaginei", afirmou.

Das 413 usinas do país, 303 assinaram o termo, de forma voluntária, segundo o presidente da Unica (União da Indústria de Cana-de-Açúcar), economista Marcos Jank. Segundo ele, cerca de 75% dos empresários do setor, responsáveis por 80% da produção nacional, aceitaram o acordo

Muitos empresários do Estado de São Paulo (que produz cerca de 60% da cana-de-açúcar brasileira), porém, não aderiram ao acordo, de acordo com a Contag (Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura).

Segundo Jank, ainda há "problemas isolados" que, entretanto, não representam a conduta geral do setor. "Precisamos criar mecanismos de mercado para valorizar as boas práticas trabalhistas. Ainda há problemas, mas os avanços são reconhecidos."

Para Lula, com o tempo, "essa pessoa que for uma ovelha verde ou marrom vai ficar tão sozinha que vai sentir vergonha" e vai se unir aos empresários que assinaram o acordo, brincou com a expressão politicamente incorreta.

O presidente recebeu, de trabalhadores do setor, um facão usado no corte da cana, além de uma cesta com açúcar mascavo e rapadura entre outros doces. "Vocês viram como o pessoal da segurança do meu cerimonial é cuidadoso?", brincou o presidente em referência à intensa revista na entrada da cerimônia. "Mas esse facão, mostrado assim, [não é uma arma] é o símbolo da paz e vai ser guardado com muito carinho."

No final da cerimônia, Lula prometeu conseguir patrocínio para um trabalhador que também é lutador de boxe. "Já fui treinador de boxe. Parei de lutar porque eu era excessivamente violento", brincou.

Negociação

Durante 11 meses, trabalhadores, governo e cerca de cem empresários discutiram melhorias nas condições de trabalho nas lavouras de cana-de-açúcar.

No termo ficaram estabelecidas 18 medidas, entre as quais, a contratação de trabalhadores com carteira assinada. O Sine (Sistema Nacional do Emprego, órgão do Ministério do Trabalho) vai atuar na admissão dos migrantes e pretende garantir o retorno dos contratados às cidades de origem após a colheita.

Apesar de marmita térmica ser disponibilizada para os trabalhadores, não será dada comida. Na questão da segurança, os usineiros se comprometeram a fornecer gratuitamente transporte e equipamentos de segurança individuais (luvas, bonés com abas largas e proteção para o pescoço, protetor de braços, caneleiras, botinas, facão, entre outros).

Os mecanismos de aferir a produção deverão ser negociados previamente.

Postado por: Jaqueline Cardoso

quinta-feira, 11 de março de 2010

Perfil dos Trabalhadores

Os cortadores de cana são, na sua maioria, homens migrantes do Nordeste. Deixam a sua família para vir trabalhar no Sudeste, já que acham uma melhor oferta de trabalho. Eles vão morar nas cidades próximas às lavouras em pequenas casas, muitas vezes há lotação dessas casas, chegando a ter 10 homens dividindo dois dormitórios e um banheiro.

Com o passar dos anos as condições oferecidas a eles aumentaram, como por exemplo:

- As leis trabalhistas: os trabalhadores agora têm um maior amparo do estado sobre os seus direitos. Antigamente nenhuma lei de trabalho era respeitada, agora com a pressão social e as reindivicações, os empregadores se preocupam mais com a burocracia do contrato dos empregados.

- Proteção no trabalho: O corte de cana é um trabalho exaustivo e arriscado, sendo o principal equipamento de trabalho é o facão (enormes facas afiadas que na ponta se parecem com uma foice). No dia-a-dia os trabalhadores enfrentam dias de muito sol e pregas, folhas e resíduos da lavoura, tendo que trabalhar com calça, camisa comprida, chapéu, luvas e protetor facial o dia inteiro, por questões de segurança. Atualmente, a roupa é vista como material de trabalho e é por lei exigida, cabendo às usinas a providencia - lá.
Outro aspecto do corte de cana é a da preocupação com a saúde do trabalhador. Desmaios, fadigas e tonturas são normais em um dia de trabalho para eles, já que trabalham o dia inteiro embaixo do sol. Como também, acidentes com o facão que por ser muito afiado, causa cortes e decepamentos. Auxílio de emergência também é exigido, e são as usinas que tem que prestar esse serviço.
Atualmente, a maioria das usinas tem levado seriamente estes requisitos da proteção no trabalho e auxiliam os empregados com assistência médica de emergência e melhorias nas condições de trabalho.

-Maior organização das moradias: Como já dito anteriormente, trabalhadores moram juntos em uma casa, já que estão longe da família. Atualmente, as usinas os organizam em uma casa e deixam outro trabalhador natural da cidade para auxiliá-los. É fornecida uma casa mobiliada, variando o número de moradores da casa.
As compras de comida, sanitários, materiais de limpeza, contas de água e luz são pagas pelos trabalhadores.

Postado por: Jaqueline Cardoso

quarta-feira, 10 de março de 2010

Olá Pessoal,

Para dar início ao nosso trabalho de pesquisa sobre o tema "Mecanização de colheita x trabalhadores" estou colocando alguns vídeos que achei interessantes sobre o assunto. Os 3 primeiros vídeos fazem parte de um programa de tv que fala sobre a mecanização das colheitas de cana. Foi um programa que teve um foco totalmente a favor da mecanização das colheitas, pois nos 24 minutos de programa falou apenas das vantagens e ganhos que a mecanização da colheita traz tanto para o ambiente quanto para os produtores.

Parte 1:


Parte 2:


Parte 3:


Após assistir aos vídeos nota-se que não há a mínima preocupação com o que acontece com os trabalhadores que perdem seu emprego com a mecanização.

O vídeo a seguir começa a contar a história de outro ponto de vista: o dos trabalhadores. Esse vídeo é sobre uma redação de uma menina, filha de cortador de cana, que ganhou uma olimpíada nacional de redação no ano passado. O vídeo mostra um pouco da rotina dos trabalhadores e de como é dura a vida que levam.


Este segundo vídeo conta com mais detalhes a rotina dos cortadores de cana, faz parte de uma série de reportagens mostradas pela rede Globo em 2009 sobre esse assunto.



Este terceiro vídeo faz parte de um documentário chamado: " Tabuleiro de cana - Xadrez de cativeiro"


Esse foi só o começo!
Até mais!

Postado por: Thais Mileni

sexta-feira, 5 de março de 2010

Este blog foi criado a fim de discutir os conflitos gerados pela mecanização da colheita de cana. A agroindústria canavieira representa 30% do PIB agrícola e emprega 40% dos trabalhadores rurais. Esse tema envolve o entrave entre o avanço da modernização agrícola e o trabalho dos tradicionais “bóias-frias”. Debates, soluções e relatos vão ser discutidos nesse blog.

Postado por: Jaqueline Cardoso, Thais Mileni Fernandes, Rafael Fernandes, Cassio Ayres e Gustavo Romera